Fonte: VOR
Fonte: VOR
A quinta etapa da Volvo Ocean Race será impossível de tirar da memória. A vitória do Abu Dhabi, a diferença mínima entre os barcos, um brasileiro a bordo, recorde de milhas velejadas, Cabo Horn, icebergs, frio e quebras...Ufa...Serão necessários vários parágrafos para contar toda a história da perna entre Auckland e Alicante. Vamos resumir os fatos:
Árabes venceram
O Abu Dhabi, barco árabe comandado por medalhista olímpico Ian Walker, cruzou a linha de chegada da quinta etapa da Volvo Ocean Race em primeiro lugar, depois de 18 dias 23 horas e 30 minutos. Pouco tempo depois - exatos 55 minutos - chegaram MAPFRE, Team Alvimedica e Team Brunel. A equipe abriu sete pontos na liderança do campeonato e ainda quebrou o recorde de milhas velejadas em 24 horas - 550,8 milhas náuticas.
"Foi uma etapa dura e desgastante! Um final apertado e os barcos ficaram próximos do começo até o fim da regata. Resultado do ótimo desempenho da nossa tripulação no percurso. O segredo dos barcos de design único é velejar bem. Se fizer tudo direito dá tudo certo", disse Ian Walker, comandante do Abu Dhabi Ocean Racing.
Na edição passada, o Abu Dhabi não chegou em Itajaí por problemas na embarcação, mas dessa vez deram a volta por cima, vencendo e convencendo. A melhor notícia é que a equipe árabe lidera a competição com sete pontos de diferença para o segundo colocado.
O próximo barco a chegar será o Team SCA, equipe 100% feminina. O Dongfeng também é esperado, mas eles quebraram o mastro e estão voltando a motor.
Um novo ídolo nacional
Recebido como herói, o brasileiro André 'Bochecha' Fonseca conduziu o barco MAPFRE nos momentos finais. "Bochecha..Bochecha...Bochecha...gritavam os torcedores que lotaram a Vila da Regata na Páscoa. A emoção maior foi quando o velejador mostrou a bandeira do Brasil e de Santa Catarina. "Foi incrível essa recepção. Não sei como retribuir o carinho do público. Fizemos um resultado especial e mostramos nossa evolução na Volvo Ocean Race", disse o atleta olímpico.
Milhares de pessoas lotaram a Vila da Regata e os molhes de Itajaí e Navegantes para ver a chegada do Bochecha. Mas ele tinha a torcida particular da família com camisetas do MAPFRE e o número 12 nas costas. O vice-campeão da etapa desejou um churrasco e um banho quente como presentes de herói. "Estamos esgotados. Mas se alguém perguntar pra todos se faríamos tudo outra vez agora, a resposta seria sim".
O comandante Iker Martínez fez questão de homenagear o brasileiro. "Estamos todos contentes por chegar no Brasil. E homenageamos o Bochecha, que chegou em casa conduzindo o barco", lembrou o campeão olímpico. O MAPFRE, apesar do segundo lugar, enfrentou dificuldades e problemas a bordo. "O resultado foi ótimo e conseguimos dois pódios nas última regatas. Mas confesso que o jibe chinês foi a coisa mais assustadora que passei. Vou lembrar daquele momento por toda a vida".
Os velejadores ganham um descanso nos próximos dias antes de voltar aos treinos na semana que vem. No sábado (18), está marcada a In-port Race de Itajaí. No dia seguinte, as equipes sobem o Oceano Atlântico para Newport, nos Estados Unidos.
O que eles disseram
"Eu nunca vi uma recepção como essa. Impressionante tanta gente nos esperando. Espero que a minha cidade - Newsport - faça o mesmo", Charles Enright, comandante do Team Brunel.
"Bater o recorde de milhas velejadas em 24 horas foi uma mistura de sorte com pouca mudança de vela. Pegamos um vento constante e um rumo perfeito. Quando percebi essa possibilidade avisei minha equipe para acelerar", Ian Walker, comandante do Abu Dhabi.
"Chegar no Brasil é especial. Participei do Brasil 1 e tenho um carinho especial pelo país", Chunny Bermudez, tripulante do Abu Dhabi.
"Foi uma perna difícil. Estou feliz por chegar ao Brasil, mas não gostei de ter terminado na quarta colocação", Bouwe Bekking, comandante do Team Brunel.
"Melhoramos muito, mas acho que será difícil pegar o Abu Dhabi na liderança", André 'Bochecha' Fonseca, timoneiro do MAPFRE.
Fonte: VOR
Itajaí se prepara para um final emocionante na quinta etapa da Volvo Ocean Race. Quatro barcos - Abu Dhabi, MAPFRE, Team Alvimedica e Team Brunel - se aproximam da linha de chegada quase empatados, com diferença menor do que 15 quilômetros entre eles. Os barcos já sobem o Atlântico na altura do Rio Grande do Sul e devem terminar a travessia de mais de 12 mil quilômetros neste domingo (5). Por isso, os tripulantes preparam o último ataque para obter uma melhor posição final.
A expectativa é que milhares de pessoas lotem a Vila da Regata em Itajaí para receber os barcos. A stopover foi aberta na noite passada e a previsão da organização local é levar mais de 300 mil pessoas. Todos certamente querem saudar o brasileiro André 'Bochecha' Fonseca, único do País na Volta ao Mundo. O atleta integra o MAPFRE, que estava na disputa pela liderança na última na última previsão da manhã deste sábado (4). "Precisamos saber defender antes de atacar o Abu Dhabi", falou André 'Bochecha' Fonseca. "Nosso objetivo claro é pegar pódio, ainda melhor terminar em primeiro e dedicar a vitória à torcida brasileira, que certamente conta as horas para a nossa chegada".
O Abu Dhabi Ocean Racing (Ian Walker / GBR) tem pequena vantagem, com com MAPFRE (Iker Martínez / ESP), Equipe Brunel (Bouwe Bekking / HOL) e Team Alvimedica (Charlie Enright / EUA) na cola
A perna entre a Nova Zelândia e o Brasil é a mais difícil de todas. Os barcos pegaram um ciclone na Oceania, gelo nos Mares do Sul, contornaram icebergs e o Cabo Horn, e agora se aproximam do Brasil. O Dongfeng Race Team (Charles Caudrelier / FRA) quebrou o mastro e está a caminho de Itajaí a motor. O barco feminino Team SCA (Sam Davies/GBR) está sofrendo e só deve chegar em Itajaí na semana que vem.
A vitória daria ao Abu Dhabi Ocean Racing uma vantagem de sete pontos no topo da classificação, mas com quatro pernas para o fim do campeonato, ainda é impossível dizer quem vai ser o campeão.