Mulheres da Volvo Ocean Race perto do Brasil
Team SCA, equipe 100% feminina na Volta ao Mundo, completa regata entre a Nova Zelândia e o Brasil nesta terça-feira (7).
Por Volvo Ocean Race
A jornada do Team SCA na quinta etapa da Volvo Ocean Race termina, se tudo correr bem, na manhã desta terça-feira (7). A equipe 100% feminina da Volvo Ocean Race será mais uma a chegar a Itajaí depois de mais de 12 mil quilômetros desde Auckland, na Nova Zelândia. As meninas - assim como todos os outros tripulantes da Volta ao Mundo - sofreram com as piores condições de todas na regata, ou seja, pegaram onda gigantes e ventos fortes, sem contar pequenos problemas nas embarcações, normais para uma travessia por mares inóspitos e gelados.
O barco já está na costa brasileira subindo o Atlântico a caminho de Santa Catarina. Agora, as velejadoras pegam temperaturas mais agradáveis e estão secas, pois as ondas e os ventos estão mais calmos. Mas, nem tudo são flores.
"Quando você menos espera que aconteça alguma coisa...BOOM..O barco bate em algo e fica difícil de controlar", escreveu a repórter do Team SCA, Anna-Lena Elled. "Mas a tripulação conseguiu corrigir a situação rapidamente, sem qualquer dano, exceto no leme que foi prejudicado".
Fatos como este ocorreram durante a regata e as meninas perderam contato com os líderes. Desde a largada em Auckland, o Team SCA encontrou dificuldades para andar igual às outras equipes. Mas há uma justificativa. Para quase todas as velejadoras, é a primeira experiência em uma Volta ao Mundo.
A velejadora mais requisitada na chegada certamente será Carolijn Brouwer, uma holandesa com coração brasileiro. A atleta olímpico morou em Niterói (RJ) e Belo Horizonte (MG) e aprendeu a velejar com os Grael, a família que mais respira vela no país.
Descanso?
Depois de chegar em segundo lugar com o MAPFRE, o brasileiro André 'Bochecha' Fonseca passou o dia em reuniões com o comandante Iker Martínez e integrantes da equipe de terra. Pelo menos, o atleta olímpico conseguiu tomar seu banho, fazer a barba e comer a tão desejada comida quentinha.
O barco espanhol foi içado para os primeiros reparos e o velejador catarinense, que sabe tudo desse setor, estava com seus companheiros perto do estaleiro. "O processo é fundamental. Tiramos as velas e fazemos toda a revisão do barco. O objetivo é deixar tudo pronto para a próxima etapa", disse Bochecha. O velejador terá alguns dias de descanso, mas não vai longe, pois mora em Florianópolis, capital do estado e cidade bem próxima a Itajaí.
O vencedor da etapa foi o Abu Dhabi, seguido por MAPFRE, Team Alvimedica e Team Brunel. O Team SCA será o quinto e o Dongfeng não completou a regata. O barco chinês está com motor ligado no caminho de Itajaí.