Conheça a história de uma omanita e uma tetraplégica que completaram uma travessia inédita
Você se lembra de Hilary Lister e Nashwa Al Kindi? Elas saíram de Mumbai, na Índia e cruzaram o Oceano Índico rumo a Omã em uma travessia inédita, não pelo percurso, mas pelo desafio pessoal dessas duas corajosas mulheres.
Hilary Lister é uma inglesa de 40 anos que perdeu os movimentos devido a uma doença degenerativa, hoje, com o avanço do problema é tetraplégica e vive em uma cadeira especial. Hilary veleja desde 2005 e é a primeira mulher tetraplégica a dar a volta a Ilha da Grã-Bretanha velejando sozinha. Agora é também a primeira mulher com limitações dessa grandeza a completar esta travessia no comando de um veleiro.
Nashwa Al Kindi é omanita, país árabe que tem muitos fãs de vela oceânica, treinadora de vela e, agora, a primeira mulher do país a completar uma travessia oceânica.
As duas largaram de Mumbai a bordo de um catamarã de 28 pés, especialmente adaptado para que Hilary pudesse comandá-lo através de um sistema de sopros, no dia 11 de março e chegaram a Omã no dia 20 do mesmo mês, ou seja, nove dias depois. Além das duas mulheres, foram a bordo Lisa Blacklocks, cuidadora de Lister, e Niall Myatt, um velejador experiente que cumpriu o papel de orientar as duas velejadoras na travessia.
As duas comemoraram muito a chegada e os objetivos alcançados e Hilary ainda declarou que a parte mais difícil foi descer do barco, porque ele queria ficar ali para sempre.
“Nós enfrentamos muitos desafios, mas para mim a vida é superar sempre um novo desafio, por isso continuo em busca deles”, declarou Lisa.
Já Nashwa Al Kindi espera inspirar outras mulheres árabes a conquistar espaço na vela. “Estou muito feliz e orgulhosa de completar essa travessia. Sempre foi o meu sonho velejar no mar e em um barco grande. Estou certa, e espero que o que temos feito seja uma inspiração para as mulheres de Omã e do mundo todo a correr atrás de seus sonhos. Para mim, pessoalmente, fortaleceu meu objetivo final, que é o de velejar sozinha ao redor do mundo”, completou Nashwa.
As duas disseram que nunca esquecerão essa aventura e que aprenderam muito uma com a outra. Nós também meninas!
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