Brasileiros decidem vaga na fase final do Grand Slam da vela

Fonte: assessoria Ary Pereira Jr.

 A situação está bem mais favorável ao bicampeão olímpico Torben Grael e a Guilherme de Almeida. A dupla chegou a terceira vitória após mais três regatas no lago suíço de Neuchatel nesta quinta-feira (10) e ficou muito próxima da classificação para disputas decisivas do próximo sábado (12). Jorge Zarif e o vice-campeão olímpico Bruno Prada dependerão de resultados mais regulares nesta sexta, dia das duas últimas regatas da fase de classificação.

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A previsão de vento fraco não se confirmou totalmente. A direção variou de nordeste a noroeste e a intensidade diminuiu de 15 para oito nós ao longo das provas. Torben e Guilherme tiveram mais um dia positivo. Depois de sexto e 12º lugares, a dupla venceu a terceira regata para assumir a vice-liderança do campeonato com 33 pontos perdidos após sete largadas e um descarte. Os norte-americanos Mendelblat e Fatih lideram com 25 pontos, enquanto Zarif e Prada estão em 11º lugar, limite do corte para a classificação às quartas de final.

“O vento ficou mais fraco e eu ainda não tenho muita experiência na Star. Optamos pelo meio da raia na última regata e ficamos para trás”, justificou Zarif em relação ao 43º lugar, após quarta e 4ª e 18ª colocações. “Nesta sexta, vamos chegar mais cedo para testar a raia. O objetivo será manter o barco entre décimo e 15º lugares”, definiu o representante brasileiro da classe Finn para os Jogos Rio 2016. Serão disputadas as duas últimas regatas da fase de classificação, completando nove provas. Entre os 68 barcos, apenas 11 disputarão quartas de final, semifinal e final no sábado.

Mesmo em condição bem mais confortável em relação aos compatriotas, Torben pretende evitar surpresas. “Até o momento está tudo bem, mas a partir de agora a disputa vai endurecer. Um dos pontos mais difíceis é largar bem sem correr o risco de escapar”. Após duas regatas de recuperação, Torben e Guilherme velejaram praticamente sozinhos para vencer a terceira de ponta a ponta. Cada regata tem aproximadamente 4,5 milhas (8 km) com duas pernas de contravento cerca de duas de popa.  O vencedor conclui o percurso em cerca de uma hora.

Bem-humorado com a vice-liderança, Guilherme analisou o desempenho da dupla. “Eu sempre tento atrapalhar, mas não consigo. Com o Torben não tem jeito. Sugeri que maneirássemos na última regata do dia, mas o cara vai lá e ganha”. Assim que desembarcou no Centro de Vela de Grandson, desgastado por mais de cinco horas na água, Guilherme, conhecido por Madá, foi buscar duas merecidas latinhas. “Sempre que retornamos do lago, pego na geladeira do bar da esquerda. Está dando certo. Não dá pra mudar”, brindou Madá.

Torben e Madá estão entre dois norte-americanos, o líder Mendelblat e o terceiro colocado Augie Diaz, campeão mundial de Snipe. “Está muito difícil velejar com dezenas de barcos na raia, porém, as disputas ficam mais intensas. Estou entusiasmado e vou fazer o possível para chegar à próxima fase. Hoje (quinta), por exemplo, vimos o Torben largar no tempo perfeito e optar pelo lado certo da raia. Ele fez uma regata eespetacular. Esse é o desafio”, elogiou Diaz. A primeira das duas largadas desta sexta está prevista às 10h00, na Suíça (5h00 em Brasília). O site oficial: swissopen.starsailors.com , transmite o campeonato ao vivo.