VOR: Barco de brasileiro veleja no escuro, após perder comunicação com a central


Rosângela Oliveira da nautica.com.br

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O barco espanhol Mapfre está praticamente sem comunicação há quase três dias nesta travessia da quarta etapa da Volvo Ocean Race. Um problema a bordo impede a equipe, que tem o brasileiro André ‘Bochecha’ Fonseca na tripulação, de receber dados importantes para o andamento da regata, como previsão do tempo. O Controle da Regata foi alertado sobre a situação no fim de semana e, desde então, trabalha com os seus fornecedores para encontrar uma solução.

Gonzalo Infante, que dirige o departamento, disse nesta segunda-feira (16) que não estava claro o que causou o problema na transmissão. “Nós ainda podemos enviar e receber mensagens de texto simples, mas não é possível enviar dados meteorológicos detalhados. Isso tem impactado a sua capacidade de tomar decisões estratégicas – eles estão navegando às cegas”, disse Gonzalo Infante.

Direto da sala de controle, Gonzalo Infante disse que os fornecedores de hardware e software de comunicações do barco buscam o diagnóstico e correção do problema. O repórter a bordo do Mapfre, Francisco Vignale, escreveu direto do Oceano Pacífico: “Nós só temos e-mail funcionando. O trabalho de Jean Luc Nélias, nosso navegador, é muito limitado. Não podemos prever e nem executar estratégias de rota”. O Sat C funciona ainda e é usado para transmissão mais básica.

Além disso, a tripulação é incapaz de enviar imagens ou vídeos, que têm mantido seus muitos fãs sem atualização do progresso do barco. Vignale acrescentou: “Estamos todos bem, apesar de não dar para falar com nossas famílias. Cada um de nós deseja enviar apenas um ‘oi’. Esperamos resolver este problema o mais rapidamente possível – ainda há um longo caminho a percorrer nesta perna”.

Apesar de seus desafios, o Mapfre está na briga pelo pódio, ocupando a terceira colocação após a atualização do início da tarde. A etapa é liderada pelo Team Brunel, que adotou a melhor estratégia de ir mais a norte. Atrás está o Abu Dhabi. A passagem pelos Doldrums pode mudar as cartas da perna entre a China e a Nova Zelândia.

Foto: Francisco Vignale/Mapfre