Dmae terá de fazer monitoramento do Guaíba para operar o Pisa
Fonte: Zero Hora
A Fundação Estadual de Proteção Ambiental (Fepam) esteve reunida com a direção do Departamento Municipal de Água e Esgotos (Dmae) e o Ministério Público Estadual, na tarde desta quarta-feira, para acertar itens do Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) referente ao Projeto Integrado Socioambiental (Pisa).
A Fepam considera insuficientes os dados apresentados pelo Dmae em mais um estudo sobre o ponto onde o esgoto tratado será lançado no Guaíba após o início da operação da Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) Serraria, na Zona Sul. O receio da fundação estadual é que os dejetos se concentrem na região da Ponta Grossa e causem algum impacto ambiental no Guaíba.
O acordo entre o Dmae, a Fepam e o Ministério Público Estadual é que especialistas dos dois órgãos façam um plano de monitoramento das águas durante a fase inicial das operações da nova rede de esgoto. A ideia é comprovar que não é necessário ampliar a extensão do tubo final que lançará o esgoto tratado na água. O Dmae defende uma tubulação com 1,6 mil metros, e a Fepam, uma de 2,6 mil metros.
— Foi uma reunião muito voltada aos aspectos específicos do monitoramento — disse a promotora de Justiça da Defesa do Meio Ambiente de Porto Alegre, Annelise Steigleder.
O diretor do Dmae, Flávio Presser, ressaltou que a inconsistência de dados apontada pela Fepam é referente à deficiência de monitoramento sobre o comportamento do Guaíba, como velocidade e fluxo das águas — o que seria, segundo ele, uma responsabilidade do Estado e não do município.
Até 20 de novembro, uma nova reunião entre os órgãos envolvidos deve ser realizada para tratar dos aspectos técnicos do monitoramento. Isso poderá significar compra de equipamentos por parte do Dmae e contratação de consultorias especializadas. O Ministério Púbico Estadual espera que, ajustados os pontos do monitoramento, o Pisa comece a operar gradativamente para o tratamento de esgoto da cidade.