Missão brasileira se une à equipe de vela para conhecer raia olímpica de 2012
Flávio Perez/ZDL
Os velejadores brasileiros disputam o evento-teste para os Jogos de 2012 na raia de Weymouth. Oportunidade para a equipe simular o que deve ocorrer na Olimpíada no ano que vem e afinar as manobras para as condições climáticas da região. Nos bastidores, os dirigentes da CBVM - Confederação Brasileira de Vela e Motor - e do COB - Comitê Olímpico Brasileiro - avaliam o nível das instalações e dos atletas.
O Brasil conta com uma equipe multidisciplinar na Inglaterra com treinadores para as todas as classes, médico, massagista, barqueiro, consultor de regras, fisioterapeuta e até meteorologista.
"A vela brasileira é sinônimo de medalhas e os resultados dos nossos atletas em competições internacionais mostram que o investimento na modalidade é seguro e deve ser mantido", disse Roberto Osíris Silva, diretor do COB.
Para o superintendente da CBVM, Ricardo Baggio, a vela brasileira provou com resultados olímpicos seu peso no quadro de medalhas e por isso o investimento vale a pena. "O grupo de profissionais em terra favorece aos velejadores que podem competir no melhor nível possível. Reunimos todas as áreas para aperfeiçoar o trabalho", contou Ricardo Baggio.
Na última olímpiada, o Brasil conseguiu duas medalhas na vela. Prata com Robert Scheidt e Bruno Prada na Star e bronze com Fernanda Oliveira e Isabel Swan.
Resultados desta segunda-feira - Os velejadores brasileiros seguem com chances de alcançar a medal race no evento-teste, na raia olímpica de Weymouth. Nesta segunda, ocorreram regatas nas classes RS:X, Finn e Star envolvendo os atletas do País. As provas foram disputadas com ventos variando de 20 a 30 nós.
E, mais uma vez, a dupla Robert Scheidt e Bruno Prada segue com resultados positivos. Os integrantes da classe Star tiram um segundo e um nono lugares e continuam no topo da tabela, com sete pontos perdidos.
Na classe Finn, Jorge Zarif está em 18º e terá mais quatro regatas para se recuperar e tentar figurar entre os 10 primeiros para a correr a medal race. Na RS:X, os ventos não ajudaram e os brasileiros perderam posições. Ricardo Winicki, o Bimba, caiu para oitavo (17º e 13º) e Patrícia Freitas está em 11º (19º e 21º).
"Não tive um dia feliz. Os ventos estavam muito fortes e não estou acostumada a velejar nessas condições," justificou Patrícia.
O chefe da equipe brasileira em Weymouth, Cláudio Biekarck, concordou com Patrícia. "As condições não favoreceram na prancha à vela. Ventou muito e a velejada ficou mais complicada. Mesmo assim, os nossos representantes continuam na disputa", analisou.
Nesta terça-feira (9), as regatas de Laser e 470 voltam a ser realizadas na raia olímpica após um dia de descanso. Quem folga desta vez são os representantes das classes Finn e Star.
A Confederação Brasileira de Vela e Motor tem o patrocínio do Bradesco e da CPFL Energia.