Vela: Robert Scheidt e Bruno Prada são bicampeões mundiais da Star
Fonte: ZDL
Um dia lindo, de muito sol, ventos excelentes e astral lá em cima, foi o pano de fundo para a histórica conquista da dupla da EBV - Equipe Brasileira de Vela, na classe Star, Robert Scheidt e Bruno Prada, no Mundial de Vela de 2011 (ISAF Sailing World Championships). Com o quinto lugar obtido na medal race neste sábado (17), a prova final que reúne apenas os 10 melhores na tabela e conta dobrado, os paulistas puderam comemorar o inédito bicampeonato mundial na classe das estrelas.
"Hoje é a realização de um sonho pessoal. O Bruno e eu lutamos muito e pudemos comemorar o bi. Na carreira de um desportista profissional, que tem tempo definido, são poucas as oportunidades como essa. Nós conseguimos aproveitar e hoje estou me sentindo realmente no céu", conta o emocionado Robert Scheidt. "Até as olimpíadas ainda tem um longo caminho, mas estamos na direção certa. Ainda faltam sete meses e temos que trabalhar muito", completa o velejador que ganhou 11 dos 13 disputados.
"Fizemos a regata que tínhamos que fazer. Marcamos o americano que era o único que podia nos tirar o título e quando vi o polonês abrir à frente e o canadense pagar uma penalização e ficar muito atrás, senti que era nosso dia", comemora Bruno Prada.
De fato, a única forma de tirar o ouro dos brasileiros em Perth 2011 era a combinação de uma vitória dos americanos MendelBlatt e Fatih, que acabaram com o bronze, atrás ainda dos alemães Stanjek e Kleen, e um improvável último lugar da dupla do Brasil. E não deu zebra. Robert e Bruno mostraram porque são considerados favoritos em qualquer campeonato que estejam presentes e velejaram tranquilos para o triunfo final nas águas do Índico.
O proeiro também não cabia em si de contentamento. "Ser campeão mundial da Star é a maior conquista que um velejador pode alcançar. Ser campeão duas vezes é tornar-se parte da história da classe Star, significa muito. A Star é muito especial, é a classe dos grandes nomes da vela", explica Bruno Prada.
470 Feminino - Além dos meninos dourados do Star, o Brasil só conseguiu colocar outro barco na medal race, a dupla Martine Grael e Isabel Swan, no 470 feminino. A parceria obteve um 12º e um 3º lugar nas duas últimas provas da série de 10 regatas e garantiu passagem para a final em 8º lugar geral. No entanto, o máximo onde podem chegar, mesmo vencendo a prova final, é ao 5º lugar. Já as espanholas Tara Pacheco e Berta Betanzos, asseguraram o ouro em Perth por antecipação.
A antiga timoneira de Isabel Swan e sua companheira na pioneira medalha olímpica da Vela feminina brasileira, o bronze em Pequim 2008,Fernanda Oliveira, junto à nova parceira, Ana Barbachan, finalizou sua participação na Austrália em 26º lugar. Agora, as duas duplas vão lutar pela vaga olímpica brasileira nas águas de Búzios, na seletiva nacional.
Outras três classes encerraram sua participação no Mundial de Vela 2011 neste sábado (17). No Laser Standard, Bruno Fontes terminou em 15º geral, após um 30º e um 3º. Eduardo Couto ficou em 86º e Alex Veeren em 131º lugar. Na RS:X Masculina, nossa estrela Ricardo "Bimba" Winicki, deixou de estar na medal race por uma colocação. Com um 4º e um 12º nas duas últimas regatas da série, por apenas quatro pontos, Bimba terminou em 11º lugar geral e ficou de fora da final. Na classe 49er, após um início de campeonato muito conturbado com abandonos e quebras, a dupla André Fonseca e Marco Grael finalizou sua participação em Perth no 51º lugar geral, em 5º lugar na flotilha bronze.
Neste domingo (18) termina oficialmente o Mundial de Vela 2011 da Isaf com as quatro últimas medal races das classes 49er, RS:X masculina, Laser e 470 feminino. O Brasil só estará competindo no 470 com a dupla Martine Grael e Isabel Swan.
O vela nacional confirmou em Perth sete vagas para o País em Londres-2012: Star, 470 feminino, Laser Radial, Laser Standard, Finn, RS:X masculino e RS:X feminino.