Robert Scheidt e Bruno Prada prontos para manter a tradição da vela brasileira na Olimpíada

 

Dupla da classe Star está entre as favoritas ao ouro nos Jogos de 2012 e Scheidt poderá tornar-se o primeiro tricampeão olímpico do Brasil. Ao todo, País soma 16 pódios olímpicos

Por ZDL Comunicação

São Paulo (SP) - A Equipe Brasileira de Vela já está completa em Weymouth, cidade inglesa sede das competições de vela dos Jogos de 2012. Entre os atletas, destaque para a dupla Robert Scheidt e Bruno Prada. Os dois são apontados como favoritos à medalha de ouro na classe Star, ao lado da dupla inglesa Iain Percy e Andrew Simpson.

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As regatas da Star começam neste domingo (29) junto com as da Finn, que tem a presença de Jorge Zarif. Os outros representantes nacionais em Londres estreiam depois: Bruno Fontes (Laser Standard) começa a competir na segunda (30), assim como Adriana Kostiw (Laser Radial), Patrícia Freitas (RS:X) e Ricardo ´Bimba´ Winicki (RS:X) têm a primeira regata marcada para a terça-feira (31), enquanto Fernanda Oliveira/Ana Barbachan (470) velejam a partir do dia 3 de agosto.

Robert Scheidt e Bruno Prada estão preparados e sabem que são os adversários a serem batidos. Os últimos resultados, inclusive as três competições na raia de Weymouth, colocam os brasileiros no hall dos favoritos. "Será uma edição bastante equilibrada dos jogos e acredito que o vencedor será conhecido na última regata, a chamada 'medal race' (regata final com pontuação dobrada e sem descarte). Pode ter certeza que será uma decisão apertada, pois no início cada dupla fará sua estratégia, dependendo das condições climáticas. No final terá marcação", conta Robert Scheidt, dono de quatro medalhas olímpicas. "Estamos bem preparados, 2011 foi um ano excelente, mas favoritismo não garante nada".


Se subir ao pódio, Robert Scheidt se tornará o maior medalhista olímpico da história. O atleta tem dois ouros e duas pratas. Atualmente, o líder é o também velejador Torben Grael, que soma cinco medalhas (duas de ouro e três de bronze). A vela é a modalidade brasileira que mais tem pódios nos Jogos: são 16 ao todo. "Não me preocupo em quebrar recorde, mas atingir essa façanha seria maravilhoso, uma consagração. Porém, em Olimpíada, é preciso pensar regata a regata", revela Robert Scheidt, que participou de entrevista coletiva em Weymouth neste domingo (22), ao lado do parceiro Bruno Prada e do seu técnico Luca Modena, da Itália.


Bruno Prada reforça a preparação da dupla. "Somos constantes em qualquer tipo de vento. Treinamos todas as situações. Nossa vantagem pode ser essa, somada também a nossa velocidade no popa", revela o proeiro, que ao lado de Robert Scheidt ficou com a prata em Pequim/2008. Na última edição da Olimpíada, o Brasil saiu da China também com uma medalha de bronze, na 470 com Fernanda Oliveira e Isabel Swan.


Hoje, ao lado de Ana Barbachan, Fernanda Oliveira usa o período em Weymouth para fazer os últimos ajustes na raia olímpica. "Os treinos têm sido bem produtivos. Tivemos ótimas condições nesses primeiros dias, velejando com ventos de 17 a 22 nós. Conseguimos ajustar ainda mais o barco, o que me deixa bastante satisfeita. Ainda faltam alguns detalhes que iremos trabalhar ao longo das próximas semanas, além de aproveitar a oportunidade de fazer pequenas regatas treino para já irmos entrando no ritmo de competição", explica Fernanda Oliveira, que fará a estreia apenas na outra sexta-feira (3 de agosto).


Na Olimpíada, os barcos e as velas são fornecidos pela organização e os atletas do Brasil já estão com os seus equipamentos prontos. Jorge Zarif, que estreia no domingo (29) aprovou o veleiro da Finn, adesivado com as iniciais do Brasil e seu nome na vela. A primeira velejada da embarcação de Jorginho foi justamente em Weymouth, durante o Skandia Sail for Gold, no mês de junho. O garoto de 19 anos é o mais jovem entre os 136 homens da delegação brasileira nos Jogos.


A vela na Olimpíada -
Como é comum nas olimpíadas, a competição de vela não será na cidade-sede dos Jogos de Londres. As regatas estão marcadas para a cidade de Weymouth, na costa sul da Inglaterra. O local é a sede da Academia Nacional de Vela, o principal centro da modalidade no País.

A disputa começa no dia 29 de julho e termina apenas no dia 11 de agosto, com a final do Match Race feminino. As medal races para as demais classes serão realizadas entre os dias 5 e 9 de agosto.


A Confederação Brasileira de Vela e Motor tem o patrocínio do Bradesco por meio da Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal, e apoio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Travel Ace.