Fuga das Profundezas: a saga de um submarino durante a guerra
Fonte: Revista Náutica
A Segunda Guerra Mundial produziu , além de tragédias, muitas histórias náuticas, igualmente trágicas. Foram tantas que uma anulava a outra. Com isso, não é de surpreender que muitas tenham sido ignoradas pela história, ainda que merecedoras até de livros póstumos.
É o caso da saga sofrida e heroica dos sobreviventes do submarino americano Tang, o mais eficiente de todo o conflito e dono de uma marca espantosa: 13 navios afundados em apenas 14 dias de ação em sua derradeira missão, no estreito do Mar da China. E foi a derradeira porque seu último torpedo deu uma inexplicável meia-volta e atingiu o próprio submarino! – que afundou com 87 homens a bordo.
Sobreviventes de submarinos afundados são raros, porque isso implica em, além de sair de dentro dele, vencer a pressão do fundo do mar até a superfície. No Tang, nove conseguiram a façanha – mas para, em seguida, serem capturados pelos inimigos e levados para um campo de prisioneiros no Japão, onde ficaram confinados por mais de um ano, sofrendo bem mais do que no dramático naufrágio do submarino. É esta odisseia que Fuga das Profundezas, só agora no Brasil, conta e resgata, com toda a justiça.