Investidores do esporte veem resultados positivos nas modalidades que apoiam
Fonte: IG
Fortalecimento de marca, maior visibilidade e aumento da fatia de mercado. Esses são alguns dos resultados positivos que as empresas que têm investido no esporte olímpico brasileiro nos últimos anos estão colhendo. E elas consideram que o negócio é igualmente atraente do outro lado. Há retorno também para as modalidades com as quais se relacionam.
“O investimento de grandes marcas proporciona maior estrutura aos clubes para formação e manutenção de atletas em alto nível, com maiores condições de defender o Brasil em competições mundiais como as Olimpíadas”, diz Julio Campos, vice-presidente da Unilever, que patrocina uma equipe de vôlei feminino há 15 anos.
O que se observa dentro das quadras de vôlei comprova o sucesso desta parceria. Desde 1997, quando passou a contar com o apoio da empresa, o time ganhou sete vezes a Superliga e foi vice-campeão em outras quatro oportunidades.
A BM&F também vê ganhos evidentes para as modalidades que apoia. A relação com o esporte teve início em 1988, com a criação do prêmio Ouro Olímpico. Mas foram nos últimos dez anos que o investimento teve aprofundamento, com a fundação de um clube de atletismo. E os resultados têm agradado.
“A primeira questão que a gente olha é o desenvolvimento dos atletas, principalmente em modalidades que tinham portas fechadas no Brasil há um tempo”, afirma Sonia Favaretto, diretora de sustentabilidade da BM&F. “O salto com vara é um exemplo. Quando começamos a investir, ninguém falava desta modalidade. Hoje, tem uma campeã mundial (Fabiana Murer) e, mais do que isso, atletas no núcleo de formação. Esse tipo de retorno qualitativo é importante”, completa.
As chances de aparecimento de resultados positivos e conquistas de medalhas de atletas brasileiros é amplificada quando se existe o patrocínio de empresas fortes. É essa a opinião de José Avelar Matias Lopes, gerente executivo de marketing esportivo do Banco do Brasil.
“Sem dúvida isso ajuda. Nos últimos 22 anos, as modalidades esportivas que apoiamos conquistaram 22 medalhas olímpicas, sendo sete ouros, dez pratas e cinco bronzes, além de títulos mundiais”, argumenta José Avelar, referindo-se aos feitos das equipes de vôlei e de vôlei de praia. Esse investimento é feito pelo Banco do Brasil desde 1991 e se estendeu para atletas de outras modalidades nos últimos anos como Gustavo Kuerten no tênis, Robert Scheidt na vela e Felipe Nasr no automobilismo.
A história dos Correios no esporte é bastante semelhante. O início também aconteceu em 1991, com investimento nas modalidades aquáticas. Nos últimos anos, incluiu também o futsal, o tênis e o handebol. Gerente de patrocínio da organização, Luciana Ramos da Silva vê esse tipo de apoio como imprescindível e determinante para a conquista de resultados positivos.
"É nosso patrocínio que possibilita a realização de todos os campeonatos e ligas nacionais, contribuindo para o crescimento do esporte e a revelação de novos talentos", afirma Luciana.