Sem vento e com chuva, velejadores do Brasileiro de Laser ficam mais um dia sem competir na Guarapiranga

Por Peccicom Comunicação

No Yacht Club Santo Amaro, sede da competição, os 75 velejadores das classes Standard e 4.7 passaram mais um dia à espera do vento

VDS/CBC está presente com  cinco velejadores

Sem vento, sem regatas. Esta frase está sendo repetida quase que como um mantra entre os velejadores da classe Laser que disputam o Campeonato Brasileiro de Standard e 4.7 no Yacht Club Santo Amaro, na Guarapiranga, em São Paulo. Pelo segundo dia consecutivo o vento, protagonista da competição, não apareceu e os velejadores ficaram ‘de castigo’ em terra. Às 13h30, a Comissão de Regatas até chegou a baixar a bandeira Recon, que sinaliza o atraso nas provas, mas minutos depois a forte chuva acabou com o vento. O cancelamento das regatas foi confirmado no fim da tarde e, com a notícia, o programa está atrasado em quatro regatas.

"Por um lado, a espera está sendo boa para que eu consiga descansar, pois vim direto de Vitória para cá e não tive nenhum dia bom de velejada ainda, mas por outro, estou bastante ansioso para competir na classe e testar o barco. Com certeza, se eu pudesse escolher, estaria velejando neste momento", disse Nicolas Bernal, de apenas 14 anos, que venceu, no último final de semana, o Campeonato Brasileiro de Optimist, disputado em Vitória, ES.

E para passar o tempo, cada um inventa uma coisa. Teve gente que jogou pingue-pongue, baralho, colocou o papo em dia e, na hora que a chuva deu uma trégua, os mais experientes aproveitaram para batizar novamente os que participam da competição pela primeira vez.

“O batizado é um evento tradicional da vela brasileira. Todas as classes têm. No Laser existe o batizado da classe e o batizado entre as flotilhas. A classe aproveita um dia sem vento no Brasileiro para fazer atividades como cabo de guerra, campeonato de barrigada na água, pintar a unha e a cara, jogar ovo, etc. É como um trote de faculdade para receber os novatos e descontrair”, disse Juliétty Tesch, que sempre está à frente da organização destas atividades.

Para esta quinta-feira estavam programadas três regatas, as duas do dia, mais uma que ficou em atraso da quarta-feira, quando não houve disputa por falta de vento. Com quatro regatas em atraso, a previsão é de que três sejam realizadas nesta sexta e mais três no sábado. Para que o campeonato seja válido, quatro regatas têm de ser realizadas. Até o momento foram feitas apenas duas.