Inauguração dos quadros dos barcos Ressaca e Camiranga marcou a noite dos Cruzeiristas
A Vento Sul foi o local de reunião de novembro do Grupo dos Cruzeiristas nesta quarta-feira à noite. A alteração de sua agenda teve como propósito a inauguração dos quadros em azulejos pintados dos barcos Ressaca e Camiranga colocados nas paredes daquele espaço. O encontro começou com o tradicional jantar designado pelo cruzeirista cozinheiro Paulo De Léo, que também estava ainda mais inserido no festejo da noite por ter sido o comandante do Ressaca.
A entrada foi com pães e saladas, prato principal, lasanha de berinjela e sobremesa sagu com creme. O comando do encontro ficou à cargo do Ministro do Chope Henrique Sommer Ilha, que exerceu o papel, interinamente, do Mãe Vinicius Magalhães. Henrique falou aos presentes sobre a comemoração da noite, antes de ler ata da reunião passada e submetê-la à aprovação. Para a leitura da ata histórica, de 1968, foi chamado o cozinheiro Paulo de Léo. Depois foi a vez do Comodoro Eduardo Ribas falar sobre o significado dos quadros que buscam não deixar no esquecimento os fatos da nossa vela e também anúnciou sobre as atividades do Clube.
“Sentimo-nos felizes ao ouvir a leitura do jantar dos Cruzeiristas de 1968 porque constatamos que a mesma chama continua, o grupo reunido, o número de membros que compareceram praticamente o mesmo dessa noite. Vemos que a tradição da vela, a participação nas regatas se mantém. Hoje inauguramos esses quadros que fazem parte desta trajetória, o Ressaca e Camiranga, separados pelo tempo, mas com o mesmo espírito que move este Clube, assim como a vitória recente do Crioula Saling Team no Circuito Rio. Nós passamos, mas eles continuarão ali a contar essa história”, disse Ribas.
O Comodoro também comentou sobre as próximas atividades no VDS, destacando o Sunset Party, na abertura das piscinas, no próximo dia 19, com desfile de moda, o jantar de aniversário no dia 10 de dezembro com show musical e diversas atrações. Em seguida foi a vez do cruzeirista Jorge Alberto Vidal contar sobre o começo dos quadros na Vento Sul e sobre o Ressaca, amparado pelas cópias de recortes de jornais antigos enviados de Ilhabela pelo cruzeirista Átila Bohm e que foram distribuídos aos presentes.
“Em abril de 1992, quando eu estava no comando da Comodoria, inauguramos a Vento Sul, e em seguida foi colocado o primeiro quadro que foi o do barco Madrugada. O Átila me enviou alguns recortes do Jornal do Brasil de 1984 sobre a vitória do Ressaca na Regata Santos – Rio, destacando a atuação do associado Alexandre Rosa, o Tandy, como tático do barco gaúcho”, lembrou Vidal.
Ele ainda falou sobre o Camiranga, de um dos seus tripulantes presentes, o Nei Mário, que o conhecia desde menino e hoje com cabelos brancos. Vidal também narrou histórias hilárias do comandante Paulo de Léo. No final, ao comentar sobre a Assembleia do Conselho Deliberativo no dia 22, mencionou sobre o lançamento da reeleição da atual Comodoria para o biênio 2017/2018, sendo aplaudido pelo Grupo.
O comandante Paulo de Léo lembrou que o quadro pintado foi baseado num cartaz de chamada do Circuito de Florianópolis com o Ressaca, campeão brasileiro de Oceano em 1984.
“O barco estava tão bem cotado na classe que acabei vendendo-o no trapiche no retorno da regata. O Ressaca surgiu por minha iniciativa, com projeto do Nestor Volker e construção do nosso associado Oscar Nieto. Foi o primeiro barco gaúcho a vencer uma regata Santos – Rio, quando já não estava sob meu comando”, contou De Léo. Ele conseguiu reunir no jantar grande parte da tripulação da época, alguns já afastados da vela. No final um dos tripulantes, Sérgio Javprsky, falou muito emocionado de reviver aqueles momentos. “ Não importavam os resultados, o principal era divertirmo-nos.”
O barco Camiranga, o recordista absoluto de tempos nas principais regatas da classe Oceano do Brasil dos irmãos Eduardo e Renato Plass, foi representado no jantar por parte de sua tripulação. Nei Mário falou sobre o sucesso desse projeto que orgulha o Veleiros do Sul.
“Nós agradecemos a família Plass, que soube fazer este excelente projeto de equipe de vela. É algo difícil de se ver em outros clubes. São pessoas que carregam a bandeira do Veleiros do Sul. Nós velejamos entre amigos, isso é muito bom”, disse Nei Mário. Ele também contou a história da vitória da primeira Refeno do Camiranga, que ao cruzar a linha de chegada surpreendeu a todos, despertando muita curiosidade da imprensa. Ele se apresentou como cozinheiro do barco e logo todos queriam saber que barco de regata era este que tinha até cozinheiro a bordo. Parte da tripulação do Camiranga que venceu em outubro a 66ª Regata Santos- Rio competiu na Crioula Saling Team, campeã do 47º Circuito Rio na classe Soto 40, disputado logo após. O integrante do time Gustavo Thiesen falou sobre o trabalho da equipe no momento da premiação fizeram questão de levantarem a flâmula do VDS. Junto com Gustavo estava o tático Geison Mendes. O Camiranga e o Crioula Sailing Team pagaram uma rodada de chope e uma de Nicolaska.
O próximo jantar será o tradicional “avec” com a participação das esposa(o)s, e como diz o “regulamento” o cozinheiro é o Mãe em exercício.