Velejadora olímpica Isabel Swan destaca o ensino da vela no VDS

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Antes de retornar para o Rio de Janeiro a velejadora olímpica Isabel Swan participou de um bate-papo na sexta-feira no Clube sobre vela de base e transição para classes olímpicas. Na conversa com o Diretor da Escola de Vela Minuano, Christian Willy, o técnico Juan Ignácio Sienra e o professor Mauro Ferreira, a carioca medalha de bronze na Olimpíada de Pequim em 2008 na classe 470, comentou alguns pontos da metodologia aplicada pela EVM que também são compartilhados por ela. Oriunda de uma tradicional família de velejadores do Rio, o seu início foi na classe Optimist, de onde aproveitou as lições pessoais para posteriormente ajudar no ensino da vela aos jovens na função de técnica.

“Cada pessoa tem seu próprio ritmo de aprendizado, as vezes aquele que anda atrás da flotilha pode ser o que na fase de transição para outra classe venha ser o primeiro. Por isso o técnico deve dividir sua atenção com toda flotilha e não só um grupinho que se destaca. As vezes o aluno pode se sentir que está ficando de lado e se desinteressar. Assim como cobranças e pressões excessivas podem travar o desenvolvimento da criança,” diz a nova proeira de Samuel Albrecht na classe Nacra17 para a campanha dos Jogos Rio 2016.

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A proposta pedagógica da EVM de apresentar a vela para as crianças como opções de lazer e esporte, por meio de brincadeiras sem esquecer as bases teóricas, fundamentais para o desenvolvimento esportivo e social, é elogiada por Bel Swan.

“A Escola de Vela aqui tem uma metodologia adequada que busca despertar o gosto pela vela explorando o universo lúdico das crianças e também inseri-las ao grupo e ao esporte. Antes de tudo temos que incentivar a paixão por velejar. A competição vem num segundo estágio. Algumas crianças que começaram a velejar comigo deram continuidade na vela de competição, fico feliz de vê-las nas raias e temos um carinho mútuo. Acho importante fazer com amor aquilo que nos propomos.”    

A velejadora carioca também destacou os projetos esportivos que o Veleiros do Sul está desenvolvendo junto com o Ministério do Esporte e Confederação Brasileira de Clubes. Para ela são modelos que devem aplicados por outras agremiações.

“Os programas da vela de base até o nível olímpico são fundamentais para haver uma continuidade no esporte e assim ninguém ficar no meio do caminho. O trabalho com o jovem que sai da Optimist é muito importante tanto na parte técnica como psicológica. Uma boa orientação é fundamental para o recomeço numa nova classe. O Veleiros do Sul tem estrutura completa, não só na escola de vela, mas outros setores como alojamentos, náutica e comunicação que pode ser apresentado à Confederação Brasileira de Vela como centro de referência para o nosso esporte e ainda promover intercâmbios e clínicas. Fico contente de ver isso. O que nos falta atualmente é um banco de dados da vela nacional com informações de regulagens.”  

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O uruguaio Juan Ignácio Sienra, head coach do VDS, comentou algumas ideias com a Bel sobre a remodelação do programa na EVM, baseadas em modelos aplicados na Europa e Ásia. A formação de atletas foi otimizada com o objetivo de permitir que o atleta tenha maior mobilidade dependendo do seu desempenho e possa transitar na vela conforme as suas habilidades.

Para Christian Willy, Diretor da EVM, a conversa bem interessante por ver a convergência de pensamentos entre eles. “Fiquei feliz por ver a opinião de uma velejadora olímpica e concluir que estamos aplicando um ensino com método sólido que nos permitirá colhermos bons resultados para a vela brasileira”.