Ministério do Esporte e CBC oficializam no VDS liberação de recursos

treinoflot

Com informações da CBC e Ministério do Esporte

Três clubes de Porto Alegre (RS) passarão a contar com a ajuda de recursos públicos para formação de seus atletas olímpicos e paraolímpicos. A Confederação Brasileira de Clubes (CBC) faz, nesta quinta-feira (30/4), às 19h, um ato de descentralização de recursos para a formação de atletas nos clubes selecionados no Edital nº 1 de Chamamentos Internos de Projetos (chamada pública). São eles: Veleiros do Sul (anfitrião do evento, que receberá R$ 1.202.010,95), Sociedade de Ginástica Porto Alegre (a Sogipa, que receberá R$ 1.783.000,00) e Grêmio Náutico União (R$ 973.129,49). O evento contará com a presença dos membros do clube anfitrião e dos demais beneficiados.

A dinâmica em forma de chamada pública foi criada pela CBC para que o repasse privilegie a transparência e a democracia em todo o processo. Os clubes enviaram seus projetos e estes foram classificados por uma comissão técnica especializada. O primeiro requisito para que um clube se enquadre para receber os recursos é a adequação do seu estatuto, e deve, necessariamente, estar em dia com os tributos públicos e ter ainda atuação na formação de atletas.

O projeto do Veleiros do Sul tem como objetivo a formação voltada à vela. A CBC aprovou o Projeto Veleiros do Sul Formação Olímpica I e efetivou o repasse de R$ 1,2 milhões destinado para a aquisição de equipamentos e materiais como barcos, botes, velas, coletes.

O Grêmio Náutico União investirá na formação de atletas na natação, no vôlei, no basquete, na esgrima, no remo, nas ginásticas artística e rítmica, no tênis e no judô. Já a Sogipa fará investimentos no atletismo.

treinoflot

Histórico

Em 2011, uma mudança na Lei Pelé, feita pela Lei 12.395/11, incluiu a CBC como beneficiária de 0,5% do total da arrecadação das loterias da Caixa Econômica Federal ao lado do Comitê Olímpico do Brasil (COB) e do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB). O Governo Federal apoiou os clubes, tradicionalmente os grandes formadores de atletas do país, em sua reivindicação de receber parte da arrecadação das loterias federais. Para que fosse possível a inclusão da CBC nos repasses da Lei Agnelo/Piva, o Ministério do Esporte abriu mão de porcentagem do que lhe cabe das loterias.

O evento

A cerimônia nesta quinta-feira (30) no Veleiros do Sul será feita com a presença do Ministro do Esporte, George Hilton. É o quinto evento do gênero organizado pela CBC. O primeiro foi em dezembro passado no Rio de Janeiro (RJ), quando os recursos foram descentralizados para o Clube de Regatas do Flamengo e para o Tijuca Tênis Clube. Na sequência, clubes de São Paulo, Belo Horizonte e Curitiba realizaram eventos semelhantes.  Ao todo, 16 clubes com 22 projetos receberão os recursos, em diferentes estados, totalizando mais de R$ 23 milhões.

“Nosso objetivo é formar novas gerações de atletas olímpicos e paraolímpicos que venham a defender o Brasil nos próximos anos ou décadas, de modo que o país esteja entre as principais potências esportivas do mundo. Nos Jogos Olímpicos de 2016, a meta é ficar entre os primeiros, mas o maior desafio será manter esse crescimento no médio e no longo prazos, por isso a necessidade de investir permanentemente na formação e no desenvolvimento de novos talentos. O trabalho da CBC é essencial para essa sustentabilidade”, analisa o ministro George Hilton.

O trabalho da CBC

Desde o início de 2014, de acordo com a Portaria no 1/14 do Ministério do Esporte, a CBC passou a se estruturar e coordenar a distribuição dos recursos públicos para a formação de atletas olímpicos e paraolímpicos nos clubes esportivos sociais. Quanto aos projetos, a diretoria técnica é responsável por todas as fases da descentralização, desde a proposta de editais e suas fases para classificação na sequência, como também todas as fases do convênio – celebração, acompanhamento, fiscalização e prestação de contas.

“A Nova Lei Pelé, como ficou conhecida, é uma grande conquista para o segmento clubístico, pois o montante do repasse (0,5% oriundos de concursos de prognósticos e loterias federais) será utilizado em projetos específicos para a formação de atletas olímpicos e paraolímpicos nos clubes”, explica Jair Pereira, presidente da CBC.

A CBC trabalha de forma constante e sistemática na representação e na defesa dos interesses dos clubes esportivos sociais, visando ao reconhecimento de sua importância na sociedade e criando condições favoráveis à evolução do segmento. Como entidade do Sistema Nacional do Esporte promove e aprimora as práticas desportivas de rendimento. Promove, ainda, eventos e atividades de aperfeiçoamento profissional dos que atuam nos clubes para uma melhor gestão.

Importância do clube esportivo social para o esporte no Brasil

Diferentemente do que acontece em outros países, como nos EUA, no Brasil o esporte não tem seu berço nas escolas. É o clube que desempenha o papel de formar e revelar talentos, principalmente no desenvolvimento de esportes de base. Nos Jogos Olímpicos de Pequim/2008, dos atletas brasileiros que participaram, 77% eram de clubes. Em Londres/2012 esse número subiu para 87%. Além disso, o clube é local de relações sociais, culturais, recreativas, de lazer e educativas.

Para saber mais, assista ao vídeo de Lars Grael, diretor técnico da CBC: