Duplas do VDS no Nacra 17 avaliam participação na Copa Brasil de Vela
Duas duplas de Nacra 17 representaram o Veleiros do Sul na segunda edição da Copa Brasil de Vela. O mais importante evento do ano para as classes Olímpicas foi determinante para ss equipes de Samuel Albrecht e Geórgia Silva e Marcos Pinto Ribeiro e Valéria Fabiano, que durante o ano de 2014 treinaram muito e se esforçaram no caminho árduo para a vaga olímpica.
Marcos Pinto Ribeiro e Valéria Fabiano entraram na campanha com muita garra, mas as adversidades puseram a dupla à prova conforme relata o timoneiro Kako.
Os dias no Rio de Janeiro foram bem complicados pra gente. Treinamos bastante aqui em Porto Alegre e sabíamos que não seria fácil, mas as condições foram as piores possíveis pra nós com ventos instáveis e fortes.
Para os ventos fortes, nós não tínhamos o mesmo preparo físico das outras tripulações (agilidade e força) e consequentemente as manobras eram sempre bem mais lentas que o pessoal mais treinado. Outra dificuldade foi o ritmo de regata. Nunca havíamos corrido regata com tantos barcos e contra excelentes tripulações. Faltou experiência em flotilha grande.
Na parte técnica, a única diferença é que todos os barcos tinham a caixa de bolina alterada (ângulos diferentes da caixa de fábrica), gerando também um pouquinho mais de velocidade. Mas não foi isso que dificultou o resultado.
Fizemos algumas boas regatas mas concluímos que no nosso caso, que somos amadores e treinamos sozinhos, é bem duro competir contra os profissionais. Lutamos até o final e foi uma experiência muito legal competir ao lado dos melhores do mundo.
Já Samuel Albrecht e Geórgia Silva obtiveram a melhor classificação brasileira no 12º lugar e confirmaram permanência na Equipe Brasileira de Vela Olímpica de 2015 como uma das principais duplas de Nacra do país:
O campeonato foi difícil, tivemos que velejar em raias diferentes. Aprendemos muito, pois a estratégia se mostrou diferente. Estamos acostumados a sermos mais lentos, concluímos que com mais vento e mais pressão ficamos mais confortáveis. E também vimos pontos a melhorar nas largadas, na velocidade e nas manobras.
Vemos claramente que os brasileiros vêm melhorando o nível técnico, estamos crescendo e evoluindo na classe. Nós estávamos muito abaixo dos estrangeiros e estamos no caminho para se equiparar. Eles continuam sendo o top 10, mas temos crescido em experiência, estamos melhores que no ano passado.
Para o futuro, queremos nos focar mais na preparação para nos concentrarmos melhor. Vamos nos organizar já com treinos a partir de 07 de janeiro. As duplas brasileiras estão se alinhando com as duplas francesas em uma parceria nos treinos e clínicas que iniciam na segunda quinzena de fevereiro.