Dupla de 470 do VDS avalia participação no Mundial

470avalia p

Ao encerrarem o Mundial de 470 no 23º lugar no pelotão principal da disputa, a flotilha ouro, a dupla de 470 do Veleiros do Sul, Geison Mendes e Gustavo Thiesen tiveram a certeza de estarem no caminho certo para a vaga olímpica em 2016. A equipe foi formada há menos de uma ano, conquistou os títulos Brasileiro e Sul-americano da classe em 2013 e iniciou o segundo semestre focada, emendando a disputa dos campeonatos Europeu e Mundial de 470, os primeiros fora do continente, com flotilha numerosa e com a participação dos melhores velejadores da atualidade.

"Vimos como ponto mais positivo a nossa evolução do Europeu para o Mundial. Havia 40 velejadores a mais que o Europeu e a gente foi dez posições melhor no Mundial. Sentimos principalmente a evolução no velejo. No Europeu, quando fomos para a flotilha ouro, a gente brigava para não ficar entre os últimos. Já no Mundial era o contrário, montávamos bóia na frente, não perdíamos posição, a gente tava muito mais ligado e melhor ambientado", comenta o timoneiro Geison.

470avalia

O Mundial teve mais uma vez a vitória dos campeões olímpicos Mat Belcher/Will Ryan, considerados imbatíveis. Mas a dupla brasileira vê claras possibilidades de alcançar a nata da classe olímpica. "A classe é realmente muito difícil, tem muito cara bom. Mas a gente tem certeza que tem condições de evoluir e a gente vem evoluindo a passos largos pra chegar lá entre os cinco primeiros. O próprio Mat Belcher, que vem ganhando os últimos mundiais em sequência, das sete regatas da flotilha ouro, em mais da metade nós montamos a primeira boia na frente dele. Tecnicamente ninguém é imbatível. O que ele tem a mais é velocidade e isso dá uma tranquilidade tática. Isso é uma coisa que a gente tem que buscar aqui também, ter esse pouquinho a mais de velocidade pra ter uma tranquilidade tática", argumenta.

Durante o Mundial, Torben Grael foi anunciado como coordenador da Equipe Brasileira de Vela. A dupla vê grandes possibilidades na escolha: "Com certeza o Torben é um cara diferenciado. Se ele for trabalhar direto com os atletas, se fizermos clínicas, se ele tiver a disponibilidade de ajudar em água para orientar os técnicos, vai ser sensacional para a Equipe Brasileira" diz o velejador.

A dupla planeja participar das etapas da Copa do Mundo de Vela neste e no próximo ano, no entanto depende de patrocínio para poder disputar a competição. "Num esporte como a vela muitas vezes não conseguimos mostrar para as empresas que o investimento em equipes como a nossa pode trazer grande retorno, como isenção de impostos, além do marketing. E a gente precisa desse incentivo para ser competitivo", destaca. A dupla ainda agradece o apoio que tiveram para a participação no Europeu e Mundial. "Contamos com o apoio da Confederação Brasileira de Vela (CBVela) e do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), que viabilizaram a participação no campeonato, ao Veleiros do Sul, que sem dúvida no Brasil é clube o que mais apoia o atleta da vela, desde a estrutura de treino, da palavra da comodoria e todo estímulo que a gente precisa, e também à Equinautic e ao Matracafé" conclui Geison.