Obstáculos se multiplicam e oferecem risco no Guaíba
Os navegadores precisam estar de olhos bem abertos, pois as possibilidades de acidentes com obstáculos que surgem nas águas do Guaíba estão grandes. Submersos ou visíveis, alguns já velhos conhecidos, eles aparecem na água barrenta do lago, às vezes tarde demais. Além das redes dos pescadores que fisgam quilhas e motores com frequência, esses objetos oferecem sério risco que não se restringe aos danos materiais.
No Canal do Leitão está um deles. O objeto metálico, que aparenta ser um mangrulho, está despontando da água e já provocou alguns acidentes. Ele não está totalmente submerso e aflora a linha d'água, a aproximadamente 5 a 7 metros a sudoeste da Boia nº 119 do Canal do Leitão, nas coordenadas S 30º10´049 W051º16´847.
O Gerente Esportivo do Veleiros do Sul, Odécio Adam, já comunicou sobre o objeto à Marinha, pedindo providências: "Solicitamos, na medida do possível, a remoção do objeto ou sinalização apropriada para que mais acidentes não venham a ocorrer", disse.
A preocupação é real. No dia 11 de fevereiro o associado do Veleiros do Sul Orion Brasil da Costa colidiu o seu barco Bicho Papão contra o objeto e teve uma clávicula fraturada.
Bem em frente ao Veleiros dio Sul também há um outro perigo bem conhecido pelos navegadores, mas que nem sempre é lembrado.
A boia amarela, que sinaliza um cano do DMAE, que já provocou diversos acidentes e danos nos cascos dos barcos dos passantes, segue fazendo vítimas. Fixa, ela mantém escondida uma base abaixo da linha d'água. Quem monta muito próximo a essa boia na maioria das vezes sai com avarias no casco.
Outro obstáculo que surgiu recentemente é a marcação da tubulação do emissário subaquático do Projeto Socioambiental (Pisa). Na altura do Clube dos Jangadeiros até a ponta dos Cachimbos há estacas e canos fixados que merecem atenção. Eles são visiveis durante o dia, mas à noite a situação muda e a probabilidade de acidentes se torna maior.