Semana Brasileira de Vela: equipe do VDS fica em 3º lugar no match race. Vitória do time da Mota

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Time de Juliana Mota vence Match Race e está na Equipe Olímpica. Classe faz estreia nos Jogos Olímpicos em Londres

Florianópolis (SC) - A tripulação formada por Juliana Mota/ Marina Jardim e Larissa Juk é a campeã da seletiva de Match Race da Semana Brasileira de Vela. A equipe derrotou as comandadas de Renata Decnop por três a um, no início da tarde desta sexta-feira, na raia montada em frente à praia de Jurerê Internacional. O resultado mantém a tripulação na Equipe Brasileira de Vela Olímpica, que vai representar o País nas competições internacionais da temporada 2011.
"Agora é reta final para classificação olímpica. A vitória foi importante para chegar ao Mundial de Perth (Austrália) e classificar o time nacional para Londres.Vamos treinar bastante e competir lá fora para ficar cada vez mais entrosadas", comemora Juliana Mota.

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Na primeira fase, o time da capitã Juliana Mota perdeu os dois matches para a tripulação de Renata Decnop. A revanche ocorreu na decisão. Segundo Marina Jardim, a rivalidade entre as equipes é importante para o crescimento da modalidade no País. "A rivalidade nós guardamos apenas para o momento das regatas. Para crescer, a gente precisa trocar experiências, treinar juntas e ser amigas", revela Jardim.


Além da equipe campeã, a seletiva de Match Race da Semana Brasileira de Vela contou também com mais três times: (Renata Decnop/Fernanda Decnop/Tatiana Ribeiro, vice-campeãs); (Juliana Senfft/Gabriela Sá/Daniela Adler, terceiras colocadas) e (Caroline Béjar/Andrea Grael/ Kira Penido, que ficam em quarto).

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O equilíbrio na Classe foi uma constante tanto na seletiva como no Brasileiro, disputado em Brasília, em dezembro, quando o time liderado por Juliana Senfft foi o vencedor, seguido de Decnop e Mota. Na soma dos dois campeonatos, as três equipes ficaram com quatro pontos perdidos e Mota classificou-se por ter vencido em Florianópolis, pois a seletiva tem o peso do desempate.

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Os times femininos de Match Race já podem treinar e competir com os novos barcos Elliott 6M durante a temporada. As embarcações próprias, segundo Juliana Mota, facilitam o desenvolvimento da modalidade no País. "Ano passado pra gente foi bem ruim, porque as meninas não tinham barco e a adaptação é sempre demorada. Agora podemos ir para as competições mais bem preparadas", indica Mota


Barcos Elliot 6M-
A Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM), Comitê Olímpico Brasileiro (COB), o Clube Veleiros do Sul (RS) e as empresas Bradesco e Unifertil importaram da Nova Zelândia seis barcos Elliot 6M para ficar à disposição das atletas do País, visando os Jogos Olímpicos de Londres/2012. O projeto foi finalizado com recursos provenientes da Lei de Incentivo ao Esporte e cada embarcação custou R$ 100 mil.

Pela primeira vez, o Match Race Feminino estará inserido no calendário olímpico, já em Londres/2012. O Brasil vai tentar classificar uma tripulação no Mundial de Perth, em dezembro, na Austrália. "É muito mais fácil para o público que não conhece vela entender já que são só dois barcos e quem chegar na frente ganha. O formato é simples e vai ajudar a divulgar a vela nas olimpíadas", explica Juliana Senftt (VDS), semifinalista na seletiva.


O convênio entre as duas instituições deixa as embarcações prontas para treinamento das tripulações femininas nas cidades de Porto Alegre (RS) e Niterói (RJ). "O layout do barco é simples e moderno. Apesar de não ser fácil de velejar neles, creio que as meninas vão se adaptar facilmente ao Elliot. Agora elas não devem sofrer nas competições internacionais, porque estão mais familiarizadas com os barcos", revela Martha Rocha, técnica da CBVM, foi a primeira a velejar com os novos Elliot, em Porto Alegre, no início do mês.

"Para a vela feminina é uma solução muito boa. Você pode pegar velejadoras de todas as classes e colocar na mesma embarcação. O aprendizado é enorme", destaca Andrea Grael.


A CBVM, auxiliada pelo Projeto de Solidariedade Olímpica do COB, projeta também fazer um trabalho para aumentar a massa corporal das velejadoras de Match Race do País, atendendo assim aos padrões exigidos pela nova classe olímpica. "Precisamos atingir 200 kg entre as três velejadoras. Sei que é difícil encontrar esse perfil entre as brasileiras, já que não é o nosso biótipo. Mas, é possível atingir essa meta", explica Marta Rocha.


A tripulação campeã do Match Race feminino terá de aumentar, no mínimo, 30 kg para chegar ao padrão ideal para a classe. "O negócio é fazer um acompanhamento nutricional e muita preparação física para ganhar esse peso de massa muscular e não de gordura. Vamos ver se os namorados vão gostar, mas atleta é assim", ressalta Larissa Juk


A seletiva olímpica da Semana Brasileira de Vela reúne, no Iate Clube de Santa Catarina, 80 velejadores até domingo (27). Os resultados da seletiva, somados aos dos brasileiros de cada Classe, definem os integrantes da Equipe Brasileira de Vela Olímpica, que disputará as principais competições internacionais e buscará classificação para a vela nacional nos Jogos Olímpicos de Londres/2012 durante o Mundial da Austrália, em dezembro. Duas das classes, Laser (masculino e feminino) e RS:X (masculino e feminino) também são pan-americanas e os indicados da Equipe também serão os representantes brasileiros no Pan de Guadalajara, em outubro deste ano.


A Semana Brasileira de Vela é organizada pela Confederação Brasileira de Vela e Motor (CBVM) e pelo Iate Clube de Santa Catarina, com apoio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB), da Federação de Iatismo do Estado de Santa Catarina, da Prefeitura Municipal de Florianópolis e do Governo de Santa Catarina e a produção da Brasil1 Esporte. O patrocínio é do Bradesco e da CPFL Energia, apoiadores oficiais da CBVM..