Visitante inglês se encanta com a receptividade do VDS

roger_p

Com o barco de cruzeiro Kiriwina, o navegador inglês Roger Jeavons já conheceu um bocado do Atlântico. Mas desafiado por algumas informações que tinha consultado em livros, resolveu encarar o desafio de enfrentar a Lagoa dos Patos e o Guaíba, um passeio não muito promissor como havia sido descrito a ele.

Roger, acompanhado da noiva, a chilena Nancy Jonhson, arriscou e se surpreendeu com o que encontrou. Desde janeiro o inglês está atracado no Clube e está encantado com Porto Alegre, cidade que considerou muito segura e bonita, diferente do resto do país. "Se eu fosse escolher um lugar para morar aqui no Brasil, seria em Porto Alegre, é muito agradável", elogiou.


roger_m

Roger começou a velejar cedo, aprendeu tudo em uma temporada em um navio-escola, na Inglaterra. Mais tarde, passou a trabalhar com comércio marítimo. Ao se aposentar, resolveu colocar em prática o plano de navegar sem destino específico e conhecer outras culturas. Em 2005 comprou o Vancouver 28 que batizou de Kiriwina (nome de uma ilha em Nova Guiné).

Em 2006 começou a expandir seu roteiro, navegando para o norte e conhecendo a costa da França, Bélgica, Holanda, Alemanha e Dinamarca e daí para a Espanha. A partir de 2007, passou a descer o Atlântico. Descendo a península ibérica refez caminhos trilhados pelos colonizadores da América, chegando ao Marrocos e Ilhas Canárias, lugares onde traços da arquitetura mourisca se fundiam com referências portuguesas e espanholas.

Já em 2008 chegou à costa brasileira, em Fortaleza, Recife e Bahia, Lugares que descreveu como bonitos tanto quanto perigosos, já que testemunhou roubos a amigos. Roger também passou pela costa do sudeste brasileiro e em seguida foi direto a Buenos Aires, na Argentina. Desde então tem explorado bem toda a costa sul-americana. Chile e Uruguai também foram roteiros do inglês que após a passagem pelo sul da América do Sul, deseja subir retornar em direção às Guianas e América Central.

Simpático, Roger conta que por aqui só teve problemas com a Aduana, que pela burocracia já o fez perder a paciência e o bom humor. "Por via aérea a aduana brasileira costuma ser eficiente, mas para quem chega por água a Receita se mostra amadora, há dificuldade por parte das autoridades em receber o turista que vem dessa forma", relatou. No Clube, Roger prepara o Kiriwina para as próximas missões. Encantado com as dependências do Veleiros do Sul, sobretudo com a organização, disse que dificilmente se encontra clubes náuticos como o nosso. Neste meio tempo em que o Kiriwina está tomando um fôlego antes das próximas viagens, Roger fez alguns passeios e fará uma viagem à Inglaterra.

Você pode saber mais e acompanhar as viagens de Roger Jeavons e do seu Kiriwina no site dele.