Solenidade marinheira marca os 77 anos do Clube

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A cerimônia de aposição floral junto ao busto do Almirante Tamandaré no pátio do Clube foi realizada nesta terça-feira, 13 de dezembro, data da fundação do Veleiros do Sul e do Dia do Marinheiro. O vice-comodoro Eduardo Scheidegger abriu o evento e depois concedeu a palavra ao Comodoro Newton Aerts que falou sobre a vida do patrono da marinha, seu legado e os laços que unem o Veleiros do Sul e a Marinha brasileira.

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Uma coroa de flores foi colocada no busto enquanto um marinheiro executou o toque de apito do Almirante Tamandaré. Participaram do ato o comodoro Newton Aerts, o presidente do Conselho Deliberativo, Luiz Gustavo Tarrago de Oliveira, e do Capitão-de-Fragata, Jayme Tavares Alves Filho, Delegado da Capitania dos Portos em Porto Alegre.

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Guarda-marinha Martin Adreani, comodoro Newton Aerts e Jayme Tavares Alves Filho, Delegado da Capitania dos Portos em Porto Alegre

 

Ao pôr-do-sol foi realizada a tradicional cerimônia das bandeiras no mastro naval do Clube. O pavilhão nacional foi arriado pelo guarda-marinha Martin Adreani, associado do VDS, que recentemente se formou na Escola Naval. Compareceram também a solenidade os vice-comodoros Eduardo Ribas, Pablo Miguel e Ricardo Englert acompanhados de suas esposas, e ainda conselheiros e associados. Para prestigiar a data o navio-patrulha Babitonga ficou fundeado em frente ao Clube e aberto a visitação. À noite houve o jantar comemorativo para os Conselheiros no Bar Náutico.


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Discurso do comodoro Newton Aerts:

Celebramos hoje, dia 13 de dezembro, o aniversário do Nosso Veleiros do Sul e o Dia do Marinheiro, e em homenagem à Marinha do Brasil, realizamos também uma justa homenagem ao seu Patrono, Almirante Joaquim Marques Lisboa, Marquês de Tamandaré, nascido neste dia há duzentos e quatro anos.

Nascido em 1807, na cidade de Rio Grande, começou a sua longeva carreira aos 15 anos como voluntário da Armada, indo servir na Fragata Niterói e tomando parte na campanha de consolidação da independência.

Em seguida, foi matriculado na Academia Imperial, e antes de concluir o curso, seguiu para combater na revolta conhecida como Confederação do Equador, onde foi promovido ao posto de segundo-tenente, por mérito.

Na Guerra da Cisplatina, também por distinção, recebeu o comando de seu primeiro navio, aos 18 anos.

Participou também de outras campanhas da época; da Setembrada (1831), Cabanagem (1832), Guerra dos Farrapos (1835 a 1845), Sabinada (1837), Balaiada (1838 a 1841), e já como Almirante, da Guerra da Tríplice Aliança.

Faleceu no Rio de Janeiro em 1897, e em seu testamento deixou um último pedido: “Como homenagem a Marinha, minha dileta carreira, em que tive a fortuna de servir a minha Pátria, peço que sobre a pedra que cobrir minha sepultura, se escreva: Aqui jaz o velho Marinheiro”

Consagrado Herói da Pátria em 13 de dezembro de 2004, o Almirante Tamandaré é um exemplo de bravura e de atuação dedicada à consolidação de nossa soberania e a construção do que é hoje, o Estado Brasileiro. A Marinha vem perpetuando o seu legado por meio do trabalho de seus homens e mulheres comprometidos com a excelência dos serviços prestados à Nação.

O contexto do momento é distinto. Os desafios são outros, mas o dignificante exemplo de Tamandaré permanece atual e continua a nos inspirar.

O Veleiros do Sul, neste dia 13 de dezembro, sente-se honrado em poder prestar esta singela homenagem à Marinha do Brasil e seu patrono Almirante Joaquim Marques Lisboa, Almirante Tamandaré.

Muito obrigado.


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Navio Babitonga prestigiou os 77 anos do VDS

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Comandante Eric Jorge A. de Melo e Segundo Tenente Pablo Salgado Jesus


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