Crioula é um dos destaques da classe S40 na Rolex Ilhabela Sailing Week
O Crioula, do Veleiros do Sul, é um dos favoritos da classe S40 na na 39ª edição do maior evento de vela oceânica da América Latina. O barco contará com a tripulação formada por Eduardo Plass, Samuel Albrecht, George Nehm, Renato Plass, Alexandre Rosa, Guilherme Fasolo, Geison Mendes, Diego Garay, Fabrício Streppel – que substituirá o italiano Bruno Zirilli na função de navegador – e Guilherme Roth, que entrará no lugar de Fabrício.
Com ZDL Comunicação
O Soto 40 é um projeto do argentino Javier Soto Acebale caiu no gosto dos principais velejadores do País. "É um barco espartano. Comparável aos carros de Fórmula 1. Se chover ou fazer frio, todos irão sofrer. Por isso, acredito que é uma classe diferenciada e muito profissional", revela o tático do Crioula, Samuel Albrecht. "Não há chance de fazer travessias com o S40. É um veleiro de regata, sem banheiro ou conforto".
Classificado como uma máquina de regatas, as embarcações de 40 pés são rápidas (podendo chegar a 40 km/h) e planadoras com 12,3 m de comprimento, 3,75 m de boca, 2,60 m de calado e desloca apenas 4.200 quilos. "O Brasil precisava de uma categoria de oceano. Foi difícil criar essa mentalidade entre os velejadores. Começamos com barcos menores e mais baratos no HPE e agora a batalha é no S40. O objetivo é consolidar, definitivamente, a classe no Brasil", explica Souza Ramos.
Apesar de ser construído na argentina, o projeto do S40 tem DNA e palpites precisos de brasileiros na sede do Yacht Club de Ilhabela. Em 2008, o desejo de um grupo de velejadores era ter um barco competitivo, veloz, leve e com tecnologia. Dito e feito: após a Rolex Ilhabela Sailing Week daquele ano, a história seria outra.
"Desde dos anos 2000, o YCI está na vanguarda da vela de oceano brasileira e da América Latina. Vimos a consolidação da HPE, o surgimento e a fama do S40 e agora os C30. Sem contar as classes que precisam de rating como ORC e RGS, que encontram no Yacht Club de Ilhabela espaço para evoluir tecnicamente. Os campeonatos são cada vez mais fortes e, depois da chegada da Rolex, a importância triplicou. Por isso, nossa responsabilidade em fazer um evento de alto nível aumenta a cada ano", relata José Manuel Nolasco, diretor de vela do YCI.
"Os adversários estão cada vez mais fortes. O nível está muito alto e todos os barcos inscritos estão prontos para vencer a Rolex Ilhabela", finaliza Samuel Albrecht. A classe one design (barcos iguais) reúne os melhores do País como Torben Grael (Mitsubishi Energisa), Eduardo Souza Ramos (Pajero), Eduardo Plass (Crioula) e Roberto Martins (Carioca).
Um dos confirmados para a competição. que começa no dia 8 de julho com a Regata Eldorado Alcatrazes por Boreste, é o chileno Apolonia, do comandante Jaime Charad. "A S40 está cada vez mais forte no Chile. São nove ao todo, o que configura a maior flotilha do mundo. Vamos ao Brasil por duas razões:a primeira é que a Rolex Ilhabela Sailing Week é um evento de alto nível e a segunda é correr com feras da modalidade. Queremos vencer a competição e chegar forte para o Mundial de Soto em 2013, em casa", revela o líder do Apolonia, Jaime Charad.