Equipe do VDS chega ao Rio para o Match Race Brasil
Com informações da ZDL
Após darem por encerrados os treinos em Porto Alegre a equipe de Match Race do Veleiros do Sul que representa o Clube no Match Race Brasil chega ao Rio de Janeiro para o campeonato. As regatas começam nesta quinta-feira com a fase classificatória e as finais serão no fim de semana na raia montada na Baía de Guanabara. Representam o Clube, sob a liderança de Samuel Albrecht, Alexandre Mueller, Gustavo Thiesen, Frederico Sidou, André Gick, Alexandre Rimoli, Geison Mendes e Ana Barbachan. Em 2011 o VDS ficou em quarto lugar, entre 12 equipes, e teve uma campanha elogiada pelos concorrentes.
O evento terá oito equipes formadas pelos principais clubes náuticos e marinas do País, que brigarão pela premiação de R$ 75 mil. Os duelos serão disputados na altura da enseada de Botafogo e do Aterro do Flamengo, próximo da costa, dando oportunidade para o público assistir aos confrontos barco contra barco. Uma vantagem da modalidade, como explica Alan Adler, um dos idealizadores e CEO da IMX. "Os destaques são melhoria do nível de qualidade dos participantes e profissionalização da vela. No começo, pouca gente sabia o que era o Match Race. Agora, atletas são bem preparados e os clubes investem para ter uma equipe durante os eventos. A modalidade dá confiança na estratégia de largada e ajuda também nas regatas de flotilha, principalmente em Olimpíadas. A largada é o momento mais crucial de uma prova, já que um barco tenta atrapalhar o outro para ter vantagem no percurso".
A Marinha do Brasil, de Henrique Haddad, é o atual campeão. As outras equipes serão Ciaga (Renata Decnop), Búzios Vela Clube (Alexandre Saldanha), Veleiros do Sul (Samuel Albrecht), Rio Yacht Club (Marco Grael), Iate Clube do Rio de Janeiro (Thomas Low-Beer), Clube Naval Charitas (Renato Cunha) e Yacht Club de Ilhabela (Maurício Santa Cruz).
O Match Race - As regatas são rápidas, com duração máxima de 20 minutos, e disputadas entre boias. No caso do Match Race Brasil, os veleiros escolhidos são do modelo Beneteau First 40.7, rigorosamente iguais para as tripulações (7 homens e 1 mulher ou 10 mulheres), que precisam mostrar talento e muito entrosamento para superar os adversários. O time que larga melhor tem enorme vantagem e, por isso, o procedimento inicial é um dos mais tensos do Match Race.
A inspiração do Match Race veio do evento de vela mais tradicional do mundo, a America's Cup, com mais de 150 anos de existência. Feras já testaram seus conhecimentos na modalidade, como Torben Grael, Robert Scheidt, Eduardo Penido, Marcos Soares, Lars Grael, Bruno Prada, André ´Bochecha´ Fonseca, Joca Signorini, Horácio Carabelli, Fernanda Oliveira e Isabel Swan. Em 2012, nos Jogos de Londres, a modalidade fez parte do calendário.
Troféu - O Match Race Brasil, pela quarta vez seguida, irá homenagear o banqueiro Roger Wright, que faleceu em um acidente aéreo em maio de 2009. O vencedor da edição 2012 levará para o clube a posse do troféu que leva o nome dele. Roger Wright contribuiu para o desenvolvimento e crescimento de várias modalidades, principalmente da vela. Na primeira edição, em 2009, o Rio Yacht Club, da família Grael, levou o Troféu Roger Wright. E repetiu a dose no ano seguinte. Torben, aliás, é o maior vencedor do evento, com 8 títulos. Hoje, a posse da honraria está com os representantes da Marinha do Brasil, que em 2011 tiveram o comando do jovem Henrique Haddad e terminaram a competição invictos.
Juízes internacionais - O Match Race é talvez a modalidade que mais exige atenção dos árbitros durante as provas. Com apenas dois barcos na disputa, a regra permite que um force o erro do outro para tentar levar vantagem. As ações começam antes mesmo da largada e se estendem nos contornos de boia e mudanças de bordo. Por isso, a edição 2012 da competição barco contra barco repete a dose e convoca os melhores profissionais da América Latina para o quadro de juízes. O experiente Pedro Paulo Petersen será o árbitro geral. Responsável por escolher os demais integrantes da equipe, ele terá o apoio de outros juízes supervisionados por Cuca Sodré (responsável pela Comissão de Regatas) e Nelson Ilha (árbitro-chefe).
"É a competição de Match Race mais importante realizada no Brasil e a parte técnica é feita pelos melhores árbitros. Os velejadores participantes também são criteriosamente selecionados, o que torna esse evento ímpar no País. É uma competição rápida e de fácil entendimento, inclusive para quem nunca viu uma regata. Os barcos estão sempre lado a lado", revela Pedro Paulo Petersen.
Os juízes com certificado internacional da ISAF (Federação Internacional de Vela na sigla em inglês) julgam na hora os protestos e aplicam as punições para quem infringir alguma regra. Sempre a parte crucial é a que antecede a largada, já que os barcos procuram uma melhor posição para ter vantagem até a próxima boia e sempre tentam penalizar o adversário.
Arquibancada vip - Os convidados, imprensa e velejadores acompanharão as regatas do Match Race Brasil dentro do navio Pink Fleet, uma verdadeira arquibancada vip, ancorado ao lado da boia de largada e chegada. A embarcação é uma das mais modernas e luxuosas do País com 56 metros e seis ambientes diferentes. No convés, os representantes de patrocinadores, convidados e autoridades têm contato com os velejadores, que usam a embarcação no intervalo entre as regatas. Quem não conhece a modalidade pode aprender um pouco mais com as aulas de regras e manobras ministradas por especialistas no assunto. O cenário é um dos mais belos do País, com o Cristo Redentor e o Pão de Açúcar ao fundo.
O Match Race Brasil 2012 tem patrocínio da Volvo, Takeda, Autodesk e SporTV. Esse projeto é incentivado pela Lei Federal de Incentivo ao Esporte e pela Lei de Incentivo ao Esporte do Estado do Rio de Janeiro/ICMS. O apoio é da Redecard, Ambev, Banco Daycoval, Iate Clube do Rio de Janeiro, Confederação Brasileira de Vela e Motor e Marinha do Brasil. A Realização é da Federação de Vela do Estado do Rio de Janeiro e organização da IMX.
Mais informações no site oficial www.matchracebrasil.com.br