Equipe do Veleiros do Sul é vice-campeã do Match Race Brasil
O Veleiros do Sul se sagrou vice-campeão da competição da principal competição de match race, o Match Race Brasil. A equipe composta por Samuel Albrecht, Alexandre Mueller, Gustavo Thiesen, Frederico Sidou, André Gick, Alexandre Rimoli, Geison Mendes e Ana Barbachan conquistou o segundo lugar do pódio ficando apenas 1,5 ponto atrás da Marinha do Brasil, vencedora da competição. Em terceiro ficou o time do Rio Yacht Club. O VDS perdeu apenas dois round robins para a o RYC e para os bicampeões da Marinha do Brasil.
Informações da ZDL
O regulamento da divisão principal futebol nacional, que está em sua reta final, inspirou o Match Race Brasil, competição barco contra barco de 10 anos de tradição. Nos pontos corridos, a Marinha do Brasil se sagrou mais uma vez campeã do evento disputado na Baía de Guanabara, que reuniu oito tripulações formadas por clubes náuticos e marinas do País. Com 7,5 pontos, os representantes das Forças Armadas levaram o segundo título consecutivo e coroaram o jovem Henrique Haddad, de apenas 25 anos, como o maior velejador na categoria na atualidade. Os militares venceram todos os sete matchs e chegaram em segundo lugar na única regata de flotilha do campeonato, chamada de fleet race. Os vencedores faturaram o prêmio de R$ 23 mil e a posse transitória do Troféu Roger Wright. O Veleiros do Sul (Samuel Albrecht) ficou com o vice-campeonato com seis pontos e o Rio Yacht Club (Marco Grael) em terceiro, com 4,5 pontos.
"É um momento especial ser bicampeão. As coisas não foram fáceis, apesar de velejar em casa, na Baía de Guanabara. O vento foi fraco na maioria do campeonato, mas nosso desempenho foi impressionante. Foi igual ao futebol, fomos obrigados a vencer quase tudo para sair como título. O nosso jogo de seis pontos foi contra o Veleiros do Sul, neste domingo (11). Eles valorizaram a nossa conquista", contou Henrique ´Gigante´ Haddad, que terá agora projetos voos maiores: continuar como destaque na vela oceânica nas classes HPE e C30, além de lutar por uma vaga olímpica na 470, em 2016. "Meu foco é disputar os Jogos aqui no Brasil na classe 470 e continuar a velejar em outros barcos para ganhar ainda mais experiência e ritmo de regata".
Os marinheiros contaram com uma ajuda especial a bordo: André ‘Bochecha’ Fonseca, velejador experiente que já participou de Volta ao Mundo e é um dos poucos profissionais da modalidade no Brasil. "Eu vim aprender com ele e a minha contribuição foi acalmar a molecada dentro do barco. Eles serão favoritos nas próximas competição, já que cada vez mais se especializam na modalidade. O Match Race é igual xadrez, quanto mais você joga, melhor fica", adiantou Bochecha.
Com desempenho perfeito no início, o Veleiros do Sul acabou sendo derrotado pelos favoritos Marinha do Brasil e Rio Yacht Club nos matchs finais. "Nosso desempenho é fruto de muito treino e dedicação em Porto Alegre. Pecamos em alguns detalhes e dois erros tiraram a gente no lugar mais alto do pódio. Não poderíamos perder para a Marinha. Ficou um gostinho amargo, mas a certeza de que vamos corrigir nas próximas edições. Mesmo assim, a prata mostra que nosso trabalho é forte", revelou Geison Mendes, tático do Veleiros do Sul.
Em terceiro ficou o Rio Yacht Club da família Grael. Desta vez o comandante foi Marco Grael. "Faltou um pouco de treino e entrosamento. No começo, os resultados foram ruins, mas conseguimos a recuperação no final vencendo os matchs e subindo para terceiro. O campeonato reuniu os melhores do País e correr com a família é sempre divertido".
Para não atrasar o cronograma, que foi prejudicado pela ausência de ventos nos dois últimos dias, a Comissão de Regatas mudou a fórmula e deu o título à tripulação que somou mais pontos na fase de classificação, o chamado Round Robin. Todas as equipes se enfrentaram nas águas cariocas. "É muito mais justo para o velejador e está na regra. Fizemos todos os duelos possíveis,ou seja, todos correram contra todos e o confronto direto definiu o melhor na água, assim como no futebol. A primeira fase é sempre é Round Robin em todas as competições do mundo e sempre que necessário por causa das condições de vento, o campeão sai sem o mata-mata", revelou Nelson Ilha, juiz internacional de vela e com participação em cinco olimpíadas.
Neste domingo,as provas foram disputas com ventos de 12 nós e muito calor, quase 30 graus, na Cidade Maravilhosa. Ao todo, o campeonato teve duas fleet races e as regatas barco contra barco, que correspondem a mais de 80% da competição.
Resultado final:
1º - Marinha do Brasil (Henrique Haddad) - 7,5 pontos
2º - Veleiros do Sul (Samuel Albrecht) - 6 pontos
3º - Rio Yacht Club (Marco Grael) - 4,5 pontos
4º - Búzios Vela Clube (Alexandre Saldanha) - 4 pontos
5º - Yacht Club Ilhabela (Maurício Santa Cruz) - 3,25 pontos
6º - Iate Clube do Rio de Janeiro (Thomas Low-Beer) 3 pontos
7º - Ciaga (Renata Decnop) - 2 pontos
8º - Clube Naval Charitas (Rafael Pariz) - 1,25 ponto