Crioula é o VDS no Mundial de S40
Foi realizada ontem, em Talcahuano, no Chile a abertura do Mundial de Soto 40. Antes da cerimônia, ocorreu a medição dos 15 barcos participantes: os brasileiros Crioula e Carioca, os chilenos Almacenero, Bellavita II, Entel, Estampa del Viento, Izod, Itaú, Mitsubishi, Movistar, Pisco Sour, Pisco Sour Black, Santander e VTR e o argentino Patagônia, onde participam velejadores vindos da Argentina, Brasil, Chile, Espanha, Estados Unidos, Itália, México, Nova Zelândia, Portugal, África do Sul, Suécia, Suíça e Uruguai.
A equipe do Crioula treina em Talcahuano desde a última semana. Em razão da falta de vento na raia, há a possibilidade de as primeiras regatas ocorrerem apenas no domingo (27).
Confira a entrevista do tático do barco gaúcho, o velejador Samuel Albrecht para o site da classe Soto 40:
Como foi o preparo para o campeonato? A equipe Crioula está em constante evolução e treinamento. Desde que cometamos o projeto na clase Soto 40, em novembro de 2011, trabalhamos para melhorar. Pontualmente, para o Mundial, optamos por fazer algo mais caseiro. Temos o privilégio de ter dois veleiros da Clase Soto 40. Enquanto um estava partindo para o Circuito Sul-americano e, depois da etapa de Buenos Aires, indo diretamente para o Chile, o outro ficou em Porto Alegre, cidade onde moram oito de nossos dez tripulantes. A partir dali, nos juntamos alguns fins de semana para treinar. Praticamos muitas manobras, desenvolvemos algunas delas e o resultado já pode ser percebido. Necessitávamos disso na temporada 2012 tivemos ótimos resultados, mas tínhamos alguns pontos fracos que eram as manobras. Trabalhamos nesse sentido.
Quem é a tripulação? A tripulação é formada por 10 velejadores:
Diego Garay - Proeiro (Argentino)
Gustavo Thiesen - Mastro (Brasilero)
Renato Plass - Pit (Brasilero)
Eduardo Plass - Pit & Runner (Brasilero)
Alexandre Rimoli - Trimmer (Brasilero)
Alexandre Rosa - Trimmer (Brasilero)
George Nehn - Timoneiro (Brasilero)
Bruno Zirilli - Navegador (Italiano)
Samuel Albrecht - Tático (Brasilero)
Quais as expectativas da equipe para o campeonato? As expectativas são as melhores possíveis. Sabemos que o nível da flotilha é muito alto, mas também sabemos que estamos em muito boas condições. Sempre fomos bons com ventos médios e fortes (como teóricamente é a raia de Talcahuano) e agora, com a evolução da tripulação e o treinamento da equipe, a confiança aumenta. Na nossa formação como equipe buscamos contemplar os velejadores do nosso Clube e cidade. Todos ótimos velejadores, tanto que temos um ótimo clima a bordo, onde amigos de tempos têm a oportunidade de estar navegando juntos e com este nível. Isso nos dá uma grande força como equipe e acredito bastante nessa força de trabalho.
Pretendem mudar algo? Sempre buscamos a perfeição, talvez ficarmos mais velozes ou fazermos melhores manobras. Mas pela primeira vez em nosso projeto, como táctico e líder da equipe, viajo mais tranquilo. Tenho a sensação de que fizemos um bom plano e o melhor. Creio que tenhamos chegado a um excelente nível de manobras e de velocidade. E me parece que a maior responsabilidade agora estará comigo na parte tática. Talvez eu seja o tático mais novo do Mundial, mas tenho boa experiência e só há uma coisa que eu gostaria de ter:e de trabalho. uma semana equilibrada e com um pouco de sorte para nosso Crioula, algo que sempre ajuda e é importante neste tipo de eventos com muito barcos.
O que acha do nível dos barcos que participarão do campeonato? O nível é excelente. Navegamos no Circuito há dois anos e já conhecemos a dificultade e os grandes adversários que temos. Creio que o nível da classe vem crescendo faz bastante tempo e todos os barcos sempre apontaram este Mundial como seu objetivo e agora todas as equipes devem estar reforçadas. Imagino que todos os barcos devem estar con o melhor do melhor, tanto na parte material como nas velas, eletrônica, etc… Assim como também na parte humana!
Qual é a sua opinião sobre este primeiro Mundial e como acredita que ele vai impactar sobre a classe? O feito de estar realizando este Mundial me parece fantástico. É um mérito obtido por um grupo de propietários que trabalha muito para manter a classe.
Navegar em barcos de 40 pés, a este nível em que navegamos, reunindo toda essa gente, é realmente incrível, mais ainda por ser na América do Sul.