Torben Grael receberá o Troféu Adhemar Ferreira da Silva

Cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico acontece no dia 17 de dezembro no Teatro Bradesco, em São Paulo

Fonte: COB

Torben Grael receberá o Troféu Adhemar Ferreira da Silva no Prêmio Brasil Olímpico Crédito: Washington Alves/COB

Maior medalhista da história olímpica brasileira ao lado de Robert Scheidt, o velejador Torben Grael será homenageado pelo Comitê Olímpico Brasileiro (COB) no Prêmio Brasil Olímpico 2013 com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva. O troféu é dedicado a atletas que mantém o legado deixado por Adhemar, o primeiro bicampeão olímpico do Brasil. Além das conquistas esportivas, Torben Grael é exemplo de conduta, ética, respeito e profissionalismo. A principal festa de premiação do esporte nacional acontece no dia 17 de dezembro, no Teatro Bradesco, em São Paulo.

“Recebi a notícia do Troféu Adhemar Ferreira da Silva com muita satisfação. É um reconhecimento por uma vida dedicada à vela e ao esporte brasileiro. O fato de não ser uma homenagem destinada apenas aos feitos esportivos também é motivo de orgulho. Nós, no esporte, representamos uma imagem seguida por muitas pessoas, principalmente os jovens. É importante que essa imagem passada seja positiva, de bons valores”, afirmou Torben.

Um dos atletas mais vitoriosos do esporte nacional, Torben é detentor de cinco medalhas olímpicas: ouro em Atlanta 96 e Atenas 2004, prata em Los Angeles 84, e bronze em Seul 88 e Sydney 2000. Além disso, tem no currículo seis títulos de Campeonatos Mundiais, 12 troféus em Campeonatos Continentais, além de 45 Campeonatos Brasileiros em 8 classes diferentes. Na vela oceânica, foi o capitão da embarcação vencedora da Volvo Ocean Race 2008/2009.

“O esporte olímpico brasileiro tem um grande orgulho de poder contar com o exemplo de Torben Grael. Por isso o COB não podia deixar de homenageá-lo com o Troféu Adhemar Ferreira da Silva. Além das alegrias que nos deu velejando e conquistando vitórias nas mais importantes competições do mundo, Torben é referência por sua conduta, ética e valores. Gostaria de parabeniza-lo e agradecê-lo por tudo que fez e ainda faz pelo esporte brasileiro”, afirmou Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB

Atualmente, aos 53 anos, Torben é o treinador-chefe da Seleção Olímpica de Vela, cargo pelo qual foi contratado pelo COB. O objetivo é coordenar a preparação dos melhores velejadores do país até os Jogos Olímpicos Rio 2016. A contratação de Torben faz parte do planejamento conjunto entre o COB e a Confederação Brasileira de Vela (CBVela) para o aperfeiçoamento e desenvolvimento da modalidade. Logo em seu primeiro ano no comando técnico da modalidade, a vela brasileira obteve excelentes resultados, entre eles os títulos mundiais de Robert Scheidt, na Laser, e de Jorge Zarif, na Finn, além do vice-campeonato mundial Martine Grael, filha de Torben, ao lado de Kahena Kunze, na 49erFX.

“Avalio 2013 como um ano bem positivo. Meus filhos estão indo bem na vela. Ambos foram campeões brasileiros, meu filho vice sul-americano, a Martine campeã sul-americana, vice-campeã europeia e mundial, são motivos de orgulho pessoal. Também como treinador-chefe da seleção, tivemos um ano especial. Foram muitos bons resultados. Temos o campeonato mundial do Robert, o décimo mundial dele na classe Laser, algo realmente extraordinário. Tivemos ainda o Jorginho Zarif ganhando o mundial, campeões mundiais no Snipe e Snipe juvenil e outros excelentes resultados em mundiais, como o quarto lugar do Bimba na RS:X, o sétimo da Patricia Freitas, o oitavo do Bruno Fontes, e o nono da Ana Luiza Barbachan e da Fernanda Oliveira na 470. Enfim, foi um ano muito bom para a vela”, analisou Torben, que falou ainda sobre a nova função de treinador-chefe. “É um trabalho que não é tão divertido como ser atleta, mas é onde eu posso dar uma contribuição à vela e ao esporte brasileiro, passando um pouco da minha experiência e ajudando a planejar as ações da CBVela para tentar aumentar ainda mais a participação brasileira na vela olímpica”, observou Torben. 

Paulista de nascimento, mas criado em Niterói (RJ), Torben mantém há 15 anos na cidade fluminense um bem sucedido projeto social voltado para crianças da região. O Projeto Grael visa, entre outras coisas, integrar socialmente jovens estudantes da rede pública de ensino através da prática da vela. “Atendemos uma média de 350 jovens por semestre. E somos mais do que simplesmente uma escolinha de vela. Tentamos passar uma grande noção de cidadania para eles, dar oportunidades tanto no esporte quanto em áreas profissionais ligadas à náutica, além de noções de meio de ambiente”, destacou Torben.

Em sua 15ª edição, o Prêmio Brasil Olímpico 2013, principal cerimônia de premiação do esporte brasileiro, homenageará aqueles que mais se destacaram no esporte em 2013. Oscar do esporte brasileiro, o Prêmio Brasil Olímpico 2013 prestará homenagens ainda a outras categorias: Melhor Atleta do Ano (masculino e feminino); Melhores atletas por modalidade; Melhores Treinadores do Ano (coletivo e individual); Melhores Atletas dos Jogos Escolares da Juventude, entre outras premiações.

A votação – Os concorrentes ao troféu de Melhor Atleta de 2013 são: Poliana Okimoto (maratona aquática), Rafaela Silva (judô) e Yane Marques (pentatlo moderno), entre as mulheres. No masculino, os concorrentes são Arthur Zanetti (ginástica artística), Cesar Cielo (natação) e Jorge Zarif (vela). A votação para a escolha dos melhores do ano é feita através do site do COB (www.cob.org.br). A votação popular se encerrará durante a cerimônia do Prêmio Brasil Olímpico.

A escolha dos melhores atletas em cada modalidade e a definição dos três indicados em cada categoria, masculina e feminina, para concorrer ao Troféu Melhor Atleta do Ano foi realizada por um júri composto por jornalistas, dirigentes, ex-atletas e personalidades do esporte. Esse voto terá peso de 50% na eleição final para os melhores do ano, depois de serem computados os votos do público pela Internet.