Scheid e Prada voltam a competir pela classe Star no Star Sailors League

Da redação da nautica.com.br

Os medalhistas de prata e de bronze nos últimos dois Jogos Olímpicos - Pequim em 2008 e Londres em 2012 -, além do tricampeonato mundial, Robert Scheidt e Bruno Prada voltam com tudo à classe Star e fazem a primeira regata pela Star Sailors League nesta quarta-feira (4). A competição é inaugural da liga criada recentemente pelos velejadores da classe, realizada no Yacht Club de Nassau, nas Bahamas, e já é considerada a mais técnica da história do programa olímpico.

O convidado especial é o americano Paul Cayard, mais um dos principais nomes da classe, dono de sete títulos mundiais. A briga entre ele e os brasileiros promete e deve fazer as águas caribenhas ferverem. A competição ainda conta com outros grandes atletas como os irmãos Flávio e Renato Marazzi, os poloneses Mateusz Kusznierewicz e Dominik Zycki, os americanos George Szabo e Craig Moss, além dos franceses Xavier Rohart e Pascal Rambeau.

Scheidt deu seu parecer sobre o começo da disputa: "Não estamos bem treinados, mas os outros também não estão. Quase ninguém velejou de Star depois de Londres. A raia fica longe do clube e serão em média três regatas por dia. Vai exigir prepara físico. O primeiro dia é que vai nos dar uma noção de como será o campeonato. Temos de ficar entre os dez primeiros após o terceiro dia", planeja. O velejador vai competir pela primeira vez nas Bahamas e alerta: "Também temos de ficar atentos com o americano Mark Mendelblatt e o italiano Diego Negri".

Já para Prada, as águas do Caribe não são novidade. O velejador vê pontos positivos do lugar paradisíaco também para o esporte: "Velejei aqui em 2010 e disse ao Robert que um dia teríamos de voltar juntos. A água é quente, o clima é agradável e podemos competir com o mínimo de roupa. Tem vento, o que lembra um pouco Búzios", disse. "O que mais importa aos velejadores é que esse campeonato valoriza o atleta, o que não é muito comum na vela. Vai oferecer uma oportunidade de profissionalização e estamos aqui porque nosso currículo vai contribuir para que isso aconteça", completou Prada.

A Star Sailors League terá nove regatas ao todo. Serão dezoito duplas, convidadas de acordo com o ranking mundial e o histórico da classe. O formato segue um esquema de mata-mata, depois de serem decididas as dez melhores duplas. Elas se enfrentam em quartas-de-final, semifinal e final, ou seja, serão dez, sete e quatro barcos, respectivamente, nas raias das três regatas decisivas.