Mesmo sem vela, franceses seguem rumo ao Brasil

 

Por Antonio Alonso - Blog das Águas



O Votre Nom autour du Monde ou VNAM da classe IMOCA terá de descer até Itajaí (SC) sem a vela gennaker, usada para dar mais velocidade e controle ao barco, principalmente no vento que pega a embarcação de lado. O pano é muito usado em travessias como a Transat Jacques Vabre.
 
Bertrand de Broc, que faz dupla com Arnaud Boissières, informou o ocorrido por e-mail à organização. “O cabo da gennaker quebrou quando estávamos com 28 nós de vento. Colocamos uma vela adaptada e seguimos”.
 
Sem a vela original, o barco VNAM dificilmente conseguirá recuperar o contato com os líderes da classe, que já deixaram a Ilha da Madeira, em Portugal. A diferença para o primeiro da IMOCA, o PRB, já ultrapassou 370 quilômetros. “Não podemos competir com parte da flotilha, que está melhor preparada. Nosso orçamento não é igual e por isso tem dado a lógica. Espero que a falta da gennaker não nos atrapalhe”, disse Betrand de Broc.
 
Os velejadores do Votre Nom autour du Monde ou VNAM comemoram a redução gradativa da temperatura na aproximação do hemisfério sul. A tendência é que o barco cruze a linha do Equador até a sexta-feira (15). 
 
Tudo embolado rumo ao Brasil
Quase toda a flotilha da Transat Jacques Vabre já deixou o Cabo Finesterra, um dos pontos mais perigosos da regata de quase 10 mil quilômetros entre a França e o Brasil. Os barcos agora precisam escolher as melhores rajadas para aumentar a velocidade e entrar no rumo de Itajaí (SC), destino final da prova. Desta vez, porém, os ventos não são assustadores como no início e devem poupar um pouco mais equipamentos e tripulações.
 
Mesmo depois das inevitáveis quebras, paradas técnicas para arrumar peças e cansaço acumulado, nenhum barco conseguiu escapar e abrir vantagem confortável. Nas quatro classes da regata, pelo menos dois barcos disputam a liderança quilômetro a quilômetro.
 
Na IMOCA, por exemplo, cinco barcos se ‘revezam’ na primeira colocação. Cada monocasco escolhe um bordo para aproveitar melhor a passagem pela Ilha da Madeira, em Portugal. Os ventos de popa sopram e a briga dos 60 pés é encontrar o melhor ângulo para chegar à região dos Doldrums, na união dos hemisférios.
 
"Passamos bem pelo primeiro teste da regata, que foi bastante técnica nos últimos dias, principalmente no fim de semana. Uma disputa intensa", contou Marc Guillemot, do Safran.
 
A classificação provisória é a seguinte: PRB, Cheminées Poujoulat, Safran, MACIF e Maître Coq.
 
Na Classe 40, um batalhão de barcos tenta diminuir a vantagem do líder GDF SUEZ. Após uma rápida parada em La Coruña, a dupla francesa continuou na frente da categoria e agora é seguida de perto pelos velejadores do Mare, 40 quilômetros atrás. Nesta terça-feira (12), a maioria dos barcos deixará, se o vento deixar, o Cabo Finesterra e terá à sua esquerda a costa portuguesa inteirinha para descer.
 
Multicascos descem com velocidade
 
A Transat Jacques Vabre tem duas classes de barcos com dois ou três cascos. Os MOD70 e os Multi50 são rápidos e devem ser os primeiros a receber o carinho do púbico de Itajaí. A disputa também está indefinida.
 
Com duas quebras (Maître Jacques e Arkema), o duelo pela liderança se concentrou entre FenétréA Cardininal e Actual. O último foi obrigado a fazer uma parada técnica na Ilha da Madeira, em Portugal, e deixou o adversário abrir mais de 70 quilômetros.
 
Finalmente, os dois MOD 70 devem passar pelo arquipélago de Cabo Verde com média de 25 nós de velocidade. "No Cabo Finisterre peguei as piores condições da minha vida. Passar por Cabo Verde é uma tranquilidade, dá até para comer uma paella", disse Sidney Gavignet, do Oman Air – Musandam.
 
O barco de bandeira árabe está em segundo lugar, quase 50 quilômetros atrás do Edmond de Rothschild, que lidera a disputa na aproximação à Linha do Equador. Mas como são tão rápidos, a vantagem não é quase nada. Eles devem cruzar o limite dos hemisférios até quinta-feira (14). Os trimarãs do MOD70 têm uma meta: ter vantagem na passagem pelos Doldrums, ventos difíceis de decifrar localizados na zona de convergência intertropical. Geralmente, a velocidade é quase nula e qualquer rajada é comemorada nas imediações do Equador.
 
Barco perde vela usada para ventos rápidos, mas segue no caminho de Itajaí
 
O Votre Nom autour du Monde ou VNAM da classe IMOCA terá de descer até Itajaí sem a vela gennaker, usada para dar mais velocidade e controle ao barco, principalmente no vento que pega a embarcação de lado. O pano é muito usado em travessias como a Transat Jacques Vabre.
 
Bertrand de Broc, que faz dupla com Arnaud Boissières, informou o ocorrido por e-mail à organização. “O cabo da gennaker quebrou quando estávamos com 28 nós de vento. Colocamos uma vela menor e seguimos”.
 
Mesmo sem a vela, o barco VNAM dificilmente conseguirá recuperar o contato com os líderes da classe, que já deixaram a Ilha da Madeira, em Portugal. A diferença para o primeiro da IMOCA, o PRB, já ultrapassou 370 quilômetros.
 
“Não podemos competir com parte da flotilha, que está melhor preparada. Nosso orçamento não é igual e por isso tem dado a lógica. Espero que a falta da gennaker não nos atrapalhe”, disse Betrand de Broc. 
 
Os velejadores do Votre Nom autour du Monde ou VNAM comemoram a redução gradativa da temperatura na aproximação do hemisfério sul. A tendência é que o barco cruze a linha do Equador até a sexta-feira (15).