Robert Scheidt volta a disputar o Campeonato Mundial de Laser

 

Da Local Comunicação - nautica.com.br

Foto: Divulgação
O velejador brasileiro treina em Garda em busca de mais um título mundial

Depois de oito anos e dois ciclos olímpicos na Star, Robert Scheidt volta a disputar um Mundial de Laser, em busca do 11º título na classe que o consagrou. Maior medalhista olímpico brasileiro, o velejador embarca para Mussanah, em Omã, no próximo dia 6, onde fará a aclimatação e os últimos treinos para a competição, que tem início em 17 de novembro.

"A expectativa é maior, porque o último Mundial que disputei na Laser foi em 2005. Naquele ano, em Fortaleza, venci a competição em grande forma, em casa, e depois parti para a Star. Muita coisa mudou de lá para cá, e são pouquíssimos os velejadores da época que ainda velejam de Laser", observa Robert Scheidt. "Hoje estou ainda mais experiente e pretendo usar isto ao meu favor."

Os dois últimos meses de Scheidt foram dedicados a sessões de treinamento intenso, em Garda, na Itália, onde vive. "Estou bem tranquilo, me sentindo bem. Agora, tenho mais sete ou oito dias de treinos em Omã. Vou dar o meu melhor e ver até onde isso me leva em termos de colocação", garante o velejador.

O Mundial de Laser de Omã será disputado entre 17 e 23 de novembro, com previsão de 14 regatas, duas por dia, a partir das 11 horas (5 horas no Brasil). As disputas serão divididas em série qualificatória e série final, com possibilidade de dois descartes do pior resultado, um em cada fase. No torneio, o brasileiro deverá reencontrar os primeiros colocados do ranking mundial da classe: o australiano Tim Burton (líder), o croata Tonci Stipanovic (vice-líder), o compatriota Bruno Fontes (3º), o sueco Jesper Stalheim (4º) e o australiano Ashley Brunning (8º).

Bicampeão olímpico na Laser, Scheidt voltou à antiga classe em setembro de 2012, depois de dois ciclos olímpicos na Star e, buscando a readaptação, optou por disputar poucas competições. Apesar dos excelentes resultados, apenas quatro delas contaram para a classificação do ranking e somente uma, a Semana Olímpica Francesa, em Hyères, oferecia pontuação máxima da Isaf (Federação Internacional de Vela), deixando o velejador momentaneamente na 71ª posição. "Estou indo sem pressão por resultados, talvez seja a primeira vez em muitos anos que chego a um mundial, seja de Laser ou Star, e não sou considerado como franco favorito", lembra.

Scheidt deve enfrentar condições climáticas opostas às do Europeu de Laser, na Irlanda, quando os velejadores foram castigados pelo frio e por ventos fortíssimos. "Será um campeonato dificílimo, com muito calor e ventos fracos. Mas treinei bastante com vento fraco, ultimamente, e o calor não é mau para os brasileiros. Serão sete dias de competição, um torneio longo e desgastante. Portanto, a regularidade e o foco, até o final, serão fundamentais."