Mastro do veleiro Puma quebra em pleno Atlântico Sul na primeira etapa da VOR

Jeni Andrade
Da Redação - www.nautica.com.br, com informações da assessoria da VOR

Foto: Amory Ross / Puma Ocean Racing
Uma das opções é seguir para a Ilha Tristão da Cunha

Neste 17º dia de Volvo Ocean Race, as notícias não são nada boas. O mastro do veleiro americano Puma Ocean Racing Powered by Berg quebrou em pleno Atlântico Sul, entre a costa brasileira e a da África do Sul, por volta das 15 horas (horário UTC, três horas a menos no Brasil) desta segunda-feira. Quando o incidente aconteceu, o Volvo Open 70 americano, que sustentava a segunda posição, atrás do espanhol Telefónica, estava a cerca de 2.150 milhas náuticas (3.870 quilômetros) da Cidade do Cabo, na África do Sul, destino final desta primeira etapa da regata de volta ao mundo.

O capitão Ken Read contou que o mastro falhou sem dar qualquer sinal de alerta, quando a equipe velejava com amuras a bombordo (ou seja, quando o lado à esquerda do rumo da embarcação é o que recebe o vento), vento entre 22 e 23 nós (quase 40 km/h), rumo leste a nordeste e ondas de oito a 10 pés (cerca de três metros). "Não houve pânico a bordo e todos os tripulantes estão sãos e salvos", informou.

Segundo o capitão, os três pedaços do mastro e todas as velas foram recuperados e a equipe não suspendeu a regata. “Neste momento estamos pesando as opções.”

O motor não foi ligado, e os tripulantes estão tentando “esfriar a cabeça” e avaliar os próximos passos. Uma das opções é seguir para a Ilha Tristão da Cunha, a cerca de 700 milhas náuticas (1.260 quilômetros) de onde eles estão, quase no caminho para a Cidade do Cabo.

Os 11 tripulantes estão muito desapontados, já que estavam em uma situação confortável, velejando na segunda posição rumo à África do Sul: "Estávamos planejando estar lá em cinco dias. Neste momento, o meu objetivo é ter certeza de que a tripulação fique em segurança e avaliar as opções de como voltar à regata", declarou Ken Read.

O serviço de busca brasileiro e a organização de resgate já foram informados e estão de prontidão para ajudar a equipe, se necessário. O serviço de controle da Volvo Ocean Race está em contato direto com a equipe, para dimensionar a extensão dos danos e garantir que a equipe receba total apoio.

As causas do desmastreamento ainda não são conhecidas. No entanto, sabe-se que o equipamento não é da mesma marca do mastro que a equipe Abu Dhabi Ocean Racing perdeu horas após a largada para a Volvo Ocean Race, que aconteceu dia 5 de novembro em Alicante, na Espanha.