Volvo Ocean Race: Regata define mudanças no percurso para evitar ações de piratas

Fonte: ZDL

A Volvo Ocean Race adotou novos procedimentos para evitar a ação de embarcações piratas na costa da Somália na segunda perna, que terá início neste domingo (11) na Cidade do Cabo (África do Sul). A posição dos veleiros no GPS será pouco divulgada pela organização, principalmente no Oceano Índico, e a flotilha pegará carona com um navio patrulha repleto de guardas armados no trecho mais perigoso.



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No meio da regata haverá um cargueiro equipado com medidas especiais de segurança, que irá transportar os seis Volvo Open 70 para Sharjah no Golfo Pérsico, cerca de 75 milhas náuticas a nordeste de Abu Dhabi. A partir daí uma nova prova e a pontuação também sofrerá alterações. Até o porto seguro valerá 80% dos pontos e o novo percurso valerá os 20% restantes. Na etapa seguinte, até China, a operação será retomada. "A solução garante um final de perna seguro até Abu Dhabi evitando riscos nas águas mais perigosas da costa leste africana", conclui Knut Frostad, CEO da VOR.

O problema é recorrente nas águas da Somália. De acordo com os dados da Dryad Maritime Intelligence, 1.181 navios foram sequestrados por piratas em 2010. Outros números indicam que mais de U$ 150 milhões tenham sido pagos em resgates.

Regata do Porto e largada - Depois da primeira aventura da Espanha até a África do Sul, os seis barcos da Volvo Ocean Race estão prontos para o início da segunda perna. O primeiro desafio da flotilha é a Regata do Porto, que será disputada neste sábado (10) na Cidade do Cabo. A largada para as 5.430 milhas náuticas - 10.060 km até Abu Dhabi (Emirados Árabes) será no dia seguinte, no domingo (11).

Tanto a In-port Race quanto a partida da flotilha para o Oriente Médio serão transmitidos ao vivo para todo País pelo canal BandSports a partir das 10h45 (horário de Brasília).

Três veleiros tentam ‘voltar’ ao campeonato após problemas no trecho inicial e reduzir a vantagem do Telefónica, que lidera a VOR. O primeiro a abandonar foi Abu Dhabi Ocean Racing, vencedor da Regata do Porto em Alicante, no mês de outubro. O time de Ian Walker perdeu o mastro e não conseguiu pontuar. A solução foi levar a embarcação de cargueiro para a Cidade do Cabo.

"Depois do susto e de quase afundar, a gente está confiante e vamos chegar seguros em Abu Dhabi, minha terra natal. É uma emoção voltar para casa na véspera do ano novo'', relata Adil Khalid do Abu Dhabi.

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O Sanya foi o segundo a desistir ainda no Mediterrâneo e a tripulação de Mike Sanderson faz os últimos testes para saber se o veleiro está pronto para voltar ao desafio.

"O barco sofreu um reparo estrutural importante e ainda não estamos prontos para enfrentar a perna, uma das mais difíceis da regata. Ainda estou preocupado com o andamento do Volvo Open 70", conta Mike Sanderson.

Já o Puma, apontado como um dos favoritos, desistiu do duelo após a quebra do mastro no Atlântico Sul. O barco estava em segundo, rivalizando com o Telefónica, que venceu a primeira perna.

"O trabalho da tripulação é importante para ajustar as velas, bastante danificadas com a quebra do mastro. Precisamos fazer testes durante a regata e não há como prever se seremos ou não competitivos", acrescenta Ken Read, líder do Puma.

A embarcação dos norte-americanos chegou nesta terça-feira (6) a África do Sul e a equipe de terra trabalha em três turnos para deixar tudo pronto para a Regata do Porto. Os outros três veleiros (Telefónica, Camper e Groupama) tiveram mais tempo de ajustar a embarcação para a segunda perna.

A In-port Race vale seis pontos para o vencedor. A sequência é mantida até o último na regata que somará apenas um. A previsão inicial é de ventos com variação de 30 a 35 nós.

Classificação da VOR:
1° - Telefónica - 31 pontos
2° - Camper - 29 pontos
3° - Groupama - 22 pontos
4° - Abu Dhabi - 6 pontos
5° - Puma - 5 pontos
6° - Sanya - 3 pontos