Mastro do Groupama chega a Itajaí
Fonte: ZDL
Um dos maiores desafios de logística das últimas edições da Volvo Ocean Race foi concluído nesta quinta-feira (12): após quatro dias de operação, o mastro do veleiro francês Groupama está em Itajaí. A chegada do equipamento a Santa Catarina mobilizou mais de 30 profissionais no Aeroporto de Curitiba e recebeu a escolta das polícias Federal e Rodoviária no caminho até a cidade-sede do maior evento náutico do mundo.
A peça de 32 metros saiu de Roterdã, na Holanda, e foi inserida pelo bico do avião cargueiro. Após aterrissar na capital paranaense, precisou de três horas para ser colocada em um caminhão antes de pegar a BR-101. Batedores e controladores de tráfego ajudaram a coordenar o trânsito até a chegada à Vila da Regata, na viagem que durou cinco horas. As empresas de logística DHL e Waive Log, parceiras da regata de volta ao mundo, coordenaram o trabalho.
O Groupama perdeu o mastro no fim do percurso entre Nova Zelândia e Brasil, quando liderava a quinta perna de Auckland até Itajaí. O veleiro francês sofreu a avaria próximo ao litoral do Uruguai, parou em Punta del Este para fazer um material improvisado e chegou em Santa Catarina em terceiro lugar, apesar da quebra.
"O trabalho será concluído em dois dias, apesar da necessidade de muita atenção durante a instalação. É um mastro de primeira linha, mas não há segredos. Depois de colocar no seu devido lugar, precisamos testar. A nossa sorte é que temos tempo até a regata do porto. O transporte foi muito tranquilo e nos deu segurança", relata Ben Wright, chefe da equipe de terra do Groupama.
A peça fundamental do barco será instalada pela equipe de terra francesa nos próximos dias e terá também o acompanhamento do brasileiro Ricardo Ermel. "O primeiro desafio foi fazer esse transporte. Agora precisamos terminar o check list para que nada dê errado. O trabalho não é tão complicado, mas exige atenção".
Logística - A DHL Express é a responsável pelo transporte, ao longo da corrida, de mais de 25 toneladas de materiais e contêineres, dando todo o suporte logístico e emergencial para os barcos e participantes da competição por meio de sua frota aérea, marítima e terrestre. São mais de 45.000 quilômetros percorridos.
"Toda a regata é monitorada pela DHL anualmente a partir do Centro de Controle Internacional criado pela companhia especialmente para a Volvo Ocen Race, o que facilita o trabalho de nossa equipe e o apoio à todos os participantes", afirma Reinier Vens, Diretor de Projetos Volvo Ocean Race - DHL Global Forwarding.
Foi elaborada uma estratégia para atender imprevistos o mais rápido possível. No caso do Groupama, a operação foi facilitada, já que havia um depósito de peças de reposição no aeroporto de Roterdã, que fica em uma posição central na Europa, com vôos disponíveis para todos os países participantes da regata, para o transporte dos equipamentos.
Camper a todo vapor - O time espanhol/neozelandês deve aparecer em Itajaí na segunda-feira (16). A tripulação sofre com o sistema de baixa pressão na Argentina, o que deixa a navegação complicada. O relato do tripulante de mídia sobre a aventura mostra o drama. "Estou enjoado. Tudo balança, bate e é muito rápido por aqui". A situação deve melhorar nas próximas 24 horas, de acordo com informações da meteorologia da Volvo Ocean Race.
Com média de 11 nós, o barco vermelho passou pelo teste de segurança, segundo o comandante Chris Nicholson. "Essa passagem foi muito difícil. Tudo muito parecido com a situação da saída de Auckland. Mesmo assim, posso dizer que foi um bom teste para a ‘nova estrutura’ do barco. Parece estar tudo bem."
Enquanto isso, as equipes de terra de Puma, Telefónica e Groupama acertam os últimos detalhes para a Regata do Porto, marcada para o dia 21 de abril. Antes disso, provavelmente na segunda-feira, os times devem fazer os primeiros treinos no rio Itajaí-Açu.