Regatas de Optmist revelam talentos da vela na Youth Sailing da Volvo Ocean Race

 

Evento teve a participação de 40 crianças. Vila da Regata de Itajaí atinge a marca de 150 mil visitantes

 

Por ZDL Comunicação

Itajaí (SC) - O Brasil é um dos países referência na vela olímpica e de oceano. Ídolos como Torben Grael, atual campeão da Volvo Ocean Race, e Robert Scheidt, representante da classe Star nos Jogos de Londres/2012, são referência para a nova geração da modalidade. O domingo (15) de sol provou que esse 'talento' brasileiro não se perdeu. Os futuros campeões da vela nacional participaram da Youth Sailing, competição de Optmist montada no Saco da Fazenda para 40 crianças de até 15 anos. As atividade ocorrem em todas as cidades-sedes da Regata de Volta ao Mundo.

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As 'regatinhas' de até 20 minutos reuniram oito equipes e o grupo do Sanya foi o vencedor. O time é formado por Erik Hoffmann, Ana Carolina da Silva, Carolina Copello, Higor Victorino e Francine Isabel dos Santos e teve a melhor média nas provas disputadas desde sábado (14).


"É muito importante ter esse apoio da Volvo Ocean Race. Isso motiva muito e, agora com as reformas e os barcos novos, nós temos a chance de desenvolver o nosso potencial. Quero disputar uma olimpíada", conta uma das campeãs, Carolina Copello.


O jovem Rafel Servaes não ficou entre os campeões. Mesmo assim, o futuro velejador, que tem apenas 11 anos, espera ter mais oportunidades na vela na sede da ANI. "Vou me dedicar bastante e seguir carreira". A mãe de Rafael, Cláudia Servaes, aprova a iniciativa. "As crianças tiveram uma clínica antes, aprendem manobras e regras. Acima de tudo, eles aprendem o espírito de equipe".


As regatas foram disputadas na sede reformulada da Associação Náutica de Itajaí (ANI), entidade que atende 6.000 crianças da região. A gerente da Race Academy, Katie Hearsum, confessa ter ficado encantada com o trabalho da ANI e da dedicação dos jovens. "Tivemos uma grande procura aqui em Itajaí. Além dos 40 escolhidos, tivemos muita gente interessada em conhecer o esporte. O programa é um grande sucesso e, usando o impulso da Volvo Ocean Race, pode formar mais atletas. Deixaremos um legado".


Resultados:

1º - Sanya (Roxo)
2º - Camper (Rosa)
3º - Itajaí (Amarelo)
4º - Abu Dhabi (Preto)
5º - Telefónica (Azul)
6º - Puma (Vermelho)
7º - Groupama (Verde)
8º - Volvo Ocean Race (Branco)

Camper em águas brasileiras -
O Camper passou a barreira dos 800 quilômetros até Itajaí e a contagem regressiva aponta chegada do time espanhol/neozelandês na manhã desta terça-feira (17). O clima a bordo melhora a cada dia, já que na subida do Oceano Atlântico, as temperaturas estão elevadas e a velocidade da embarcação também. O objetivo dos kiwis é fazer mais uma verificação no casco danificado durante a travessia da quinta perna e descansar em Itajaí por pelo menos um dia. Afinal de contas, são quase 30 dias de mar desde a saída de Auckland.

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A equipe foi obrigada a parar por seis dias no Chile para tentar solucionar o problema estrutural antes de retomar a viagem ao Brasil. O time mantém uma boa média de velejada (16 milhas por hora) e os ânimos estão lá em cima a bordo.

"Os ventos nos levam a Itajaí", relata o navegador Will Oxley. "Eu sei que todos querem saber quando vamos chegar e a boa notícia é que, no momento, nós estamos melhorando nossa previsão. Com um pouco de sorte, poderemos aparecer antes do almoço de terça-feira".


As temperaturas subiram após a passagem pelo sul da Argentina e o tripulantes Stu Bannatyne gostou de tirar a jaqueta de tempo pela primeira vez desde o dia 18 de março, quando a perna teve início. "Você não pode imaginar quanto é bom não usar essa borracha apertada no pescoço. Estamos em águas mais quentes e isso nos anima". O Camper quer fazer tudo certo para se dar bem na DHL Regata do Porto de Itajaí, no feriado de 21 de abril, e, no dia seguinte, sair para a sexta perna até Miami.


Enquanto isso, o Abu Dhabi está no caminho do Brasil, só que dentro de um navio cargueiro, após sair da regata. Dois integrantes da equipe de terra, Sam Bourne e Tim Collen, acompanham o barco no cargueiro para adiantar a pequena reforma e deixar o serviço adiantado para seu time em Itajaí.

 

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Sam Bourne relata que as condições de trabalho a bordo são difíceis, já que o navio mexe muito por causa das ondas gigantes. Mesmo assim, ele aposta num bom andamento das ‘obras’. "Temos uma lista grande trabalho e precisamos progredir antes da chegada em Itajaí para que possamos ter resultado na ‘grande reparação’ no Brasil".

O tripulante afirma que o frio dificulta o trabalho. "Faz muito frio no barco, em torno de 10 graus, e por isso, o tempo de cura do material é lento atrapalhando nosso cronograma. Temos que resolver a bomba hidráulica da quilha, danificada pelo alta velocidade atingida por um Volvo 70".


O Abu Dhabi deve chegar em Itajaí na quarta-feira (18) tendo de correr contra o relógio para efetuar reparos no casco da embarcação a tempo de disputar os próximos pontos.


Quem chegou em Itajaí acelera os ajustes nas embarcações uma semana antes da largada para Miami. O Puma, vencedor da quinta perna, tirou o barco do 'berço' e colocou na água. Os primeiros treinos começam na terça-feira. O Telefónica fez os reparos no casco danificado e também programa os treinos nos próximos dias. Já o Groupama está quase 100% pronto, após a reposição do mastro que veio a Holanda.


Visitante 150 mil -
A marca de 150 mil visitantes da Vila da Regata foi atingida neste domingo à tarde. O casal Jali Razera e Adriana Ramos recebeu um kit da Volvo Ocean Race e um jantar das mãos do porta-voz John Bramley. Os dois vieram com a filha Isadora pela primeira vez.

John Bramley se diz impressionado com a interação da população de Itajaí com a regata. "A cidade está de parabéns. É um número impressionante e mostra a paixão do brasileiro pelo esporte. A tendência é dobrar, já que as principais atrações ainda não ocorreram, como a Regata do Porto e a partida dos barcos para Miami"


Ações paralelas -
A Volvo Ocean Race se destaca não só pela movimentação dos barcos, mas também por atividades culturais e feira do setor náutico. O visitante da Vila da Regata tem, de maneira gratuita, a oportunidade de experimentar os brinquedos que simulam as provas, de assistir a um filme em 3D sobre a vida no mar, além de ver os veleiros Puma, Telefónica e Groupama sendo reparados pelas equipes. Na Feira Náutica Show Brasil, estandes de imobiliárias, do Porto de Itajaí, SENAC e de empresas sócio-ambientais atraem um grande público.

Mas, os vistantes se esbaldaram nos shows realizados no palco montado ao lado do Centreventos. A abertura foi com os Paralamas do Sucesso na quinta-feira (12). Na sexta-feira (13), nada de assombração: Nando Reis e os Infernais tocaram vários sucessos da carreira do ex-Titãs. Depois foi a vez do Cidade Negra misturar reggae e MPB para delírios dos fãs. O último show do final de semana foi da Família Caymmi, neste domingo.


Além das apresentações, a Vila da Regata serviu de estacionamento para o Caminhão da Sorte da Caixa Econômica Federal. Os sorteios das loterias do País, como a Mega Sena, foram realizados em Itajaí.


A avenida Beira-Mar também recebeu neste domingo (15), a 1ª Corrida e Caminhada Rotary Volvo Ocean Race. O CEO da Regata Volta ao Mundo, o norueguês Knut Frostad, premiou os vencedores após os 10 e 5 quilômetros de prova pelas ruas de Itajaí.


Latas de tinta pra pintar e tocar -
Quase ao mesmo tempo, duas atividades chamaram a atenção do público. Uma fora e outra na Vila da Regata. O Mercado Público recebeu uma nova pintura e os integrantes do Comitê Organizador da Parada de Itajaí e o prefeito Jandir Bellini colocaram a mão na massa para dar uma nova cor ao tradicional local.

Quem visitou a Vila da Regata teve a oportunidade de escutar o show das crianças do Grupo sócio-educacional e cultural LATARTE, da cidade de Camboriu. A apresentação, que será repetida no próximo domingo (22), reúne crianças entre 6 e 17 anos, todos da rede pública de educação e tem como principal objetivo oferecer uma opção aos jovens para mantê-los longe das drogas e criminalidade por meio da música.


Os alunos usam latas de tinta e alguns instrumentos de percussão no melhor estilo Olodum e encantam o público. O aluno Carlos Eduardo de Oliveira Ribeiro, de 13 anos, toca rocar, um instrumento que lembra um pandeiro. Há três anos ele faz parte do grupo e suas notas na 8ª série do ensino fundamental são muito boas: "Para tocar aqui tem que ser assim, desde que entrei minhas notas melhoraram e minha concentração para estudar também. Tocar com o Olodum é um sonho que pode se realizar no domingo", finaliza orgulhoso.


Todas as 150 crianças atendidas pela instituição lancham no Latarte e são acompanhadas por profissionais habilitados. Há 400 crianças aguardando vaga na entidade.


Começou a montagem da escultura "Tainha Mutante" -
Tampinhas, chinelos, canudos, isqueiros...Todo o material coletado durante a limpeza das praias em Itajaí vai se transformar em uma bela obra de arte, pelas mãos do artista plástico João Parrinha. Os trabalhos começaram na Vila da Regata. A ideia é fazer as pessoas refletirem sobre a triste realidade de nossas praias e oceanos, por meio da escultura de uma Tainha Mutante que carrega uma rede repleta de lixo.

"Espero que esta obra de arte simbolize um novo começo para Itajaí. A população está consciente de todos os problemas gerados pela poluição das praias, e tenho certeza que os cidadãos da cidade passarão a cuidar melhor dessas belas praias", diz o português João Parrinha.


Na ação de limpeza das praias foram coletados cerca de 1,5 tonelada de resíduos, entre garrafas, plásticos, vidro, papel, pontas de cigarro e garrafas.


"Infelizmente a maioria dos resíduos era de pedaços de plástico, garrafas pet e tampinhas, o que é extremamente perigoso para os animais, que confundem esse material com alimento e, ao ingeri-lo, acabam morrendo", lamenta Parrinha.