Brasil é top-10 do mundo em três classes no ranking mundial de vela

 

Na disputa do Mundial de Laser, Bruno Fontes é o 17º após o primeiro dia; Scheidt e Prada estreiam neste sábado no Mundial de Star

Por ZDL Comunicação

São Paulo (SP) - O bom momento da dupla Fernanda Oliveira e Ana Barbachan foi recompensado nesta semana. Após o oitavo lugar na Semana Olímpica Francesa, em Hyères, as duas subiram para o 10º lugar no ranking da Isaf (Federação Internacional de Vela) na classe 470 feminina. Com isso, a vela brasileira passa a figurar entre os dez melhores do mundo em três classes olímpicas.

FEANA_2

Na lista divulgada nesta semana, Bruno Fontes é o melhor do país, com o segundo lugar na classe Laser. Depois dele aparecem Robert Scheidt e Bruno Prada, que após o 18º lugar em Hyères perderam o primeiro lugar da classe Star e agora estão em sétimo.
É a primeira vez que Fernanda entra para a relação de dez melhores do mundo. Em 2008, quando conquistou a medalha de bronze em Pequim, primeira da história da vela feminina brasileira, ela e sua então parceria, Isabel Swan, eram as 17ª da lista.


"Estou muito feliz, é muito gratificante você ter um objetivo e alcançá-lo. É uma vida dedicada ao esporte, um hobby que virou minha profissão. Trabalho muito intensamente, foco todas minhas energias nisso, é muito importante saber que valeu a pena o trabalho dos últimos quatro anos", diz a velejadora.


Bruno Fontes é o 15º na Alemanha -
No Mundial de Laser, o catarinense Bruno Fontes é o melhor do Brasil. Ele marcou um 3º e um 15º lugares no primeiro dia de regatas em Boltenhagen, na Alemanha. Com isso, soma 21 pontos perdidos e é o 8º colocado de sua flotilha, a azul, e o 17º na classificação geral. O outro brasileiro é João Hacklerott, com 33 pontos perdidos - ele é o 12º na flotilha vermelha e o 32º na classificação geral.

"O dia foi complicado, com muito frio e vento fraco. Mas fiz regatas consistentes e estou bem na classificação geral, colado nos 15 primeiros", analisa Bruno, que está se preparando para as Olimpíadas de Londres/2012.


O Mundial de Laser tem oito regatas previstas na fase de classificação e seis para a fase final. Na primeira etapa, os velejadores são divididos em três grupos diferentes (flotilhas). Na segunda fase, é feita uma nova divisão, seguindo a classificação geral. Os melhores classificados passam, então, a velejar juntos na flotilha ouro, de onde sairão os vencedores da competição.


Mundial de Star -
Na França, os atuais campeões mundiais da classe Star, Robert Scheidt e Bruno Prada, disputam a partir deste sábado o Mundial da classe, em Hyères. Os dois conquistaram o título mundial em 2007 e 2011, mas em um formato diferente. Os dois venceram o Mundial da Isaf, que é disputado em formato olímpico, com duas provas por dia e medal race.

No Mundial da classe Star, como esse em Hyères, apenas uma prova, mais longa, é marcada por dia e não é realizada a medal race. "O Mundial é um pouco diferente dos outros campeonatos, porque são apenas seis regatas, mais longas. Será duríssimo, pois ainda estão em disputa quatro vagas olímpicas, e devemos ter 18 países não classificados buscando essas vagas", explica o proeiro Bruno Prada.


Outros Mundiais -
O mês de maio é o mês dos Mundiais na vela. Além dos torneios das classes Laser e Star, na segunda-feira (7) começa o Mundial de 49er, na cidade de Zadar, na Croácia, e na próxima semana (domingo/16), o Mundial de 470, em Barcelona, na Espanha, e a Gold Cup (o Mundial da classe) de Finn, em Falmouth, na Inglaterra.

André Fonseca e Marco Grael vão competir no Mundial de 49er tentando conquistar uma das cinco vagas olímpicas em jogo na competição. No Mundial de 470, será a vez de duas duplas brasileiras, Fábio Pilla/Gustavo Thiesen e Henrique Haddad/Nicolas Castro, lutarem por uma das sete vagas em Londres/2012.


Já classificados para os Jogos Olímpicos, Fernanda Oliveira e Ana Barbachan usarão o Mundial de Barcelona como treinamento, assim como Jorge Zarif na Gold Cup de Finn.


Nova classe para 2016 -
A Isaf confirmou nesta sexta-feira o barco Mackay FX como classe olímpica para o categoria skiff feminino nos Jogos do Rio-2016. Ela entra no lugar do match race feminino, que será disputado nos Jogos de Londres. O Mackay FX é uma espécie de 49er para mulheres, usando o mesmo casco do barco masculino, mas adaptando mastros e velas menores.

Confira os melhores brasileiros no ranking da Isaf divulgado nesta semana:


Laser:
2º Bruno Fontes
Star:
7º Robert Scheidt/Bruno Prada
470 feminino:
10º Fernanda Oliveira/Ana Barbachan
RS:X feminino:
24º Patrícia Freitas
Laser Radial:
27º Adriana Kostiw
49er:
30º André Fonseca/Marco Grael
RS:X masculino:
37º Ricardo Winicki (Bimba)
Finn:
39º Jorge Zarif
470 masculino:
43º Fábio Pillar/Gustavo Thiesen

A Confederação Brasileira de Vela e Motor tem o patrocínio do Bradesco por meio da Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal, e apoio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Travel Ace.