Para os cruzeiristas estrangeiros, Brasil ainda é terra difícil
Fonte: Blog Sobre as águas
Burocracia e falta de infraestrutura e segurança estão entre os principais temores que afastam turistas náuticos estrangeiros do Brasil. Em parte, eles estão certos. Como o Brasil proíbe a importação de barcos usados, todas as embarcações que chegam por aqui têm de sair após um tempo (que agora pode ser de até dois anos, mas antes era de seis meses). Além disso, a infra-estrutura está muito concentrada em pontos específicos de nossa costa. Pode haver certo exagero com relação ao tema segurança, mas furtos em marinas ainda não são raros e o assassinato de Peter Blake, um dos maiores velejadores de todos os tempos, ainda vai pesar em nossa conta por muito tempo, apesar de ter ocorrido em 1999.
Sílvio Ramos está dando a volta ao mundo com a esposa, Aline
Acontece que a onda de pirataria na Somália e as instabilidades políticas no Oriente Médio afastaram os cruzeiristas do Mar Vermelho. Na rota tradicional, eles vinham das ilhas do Pacífico, subiam o Mar Vermelho e retornavam para casa, na Europa. Sílvio Ramos está propondo que eles contornem a África, venham para o Brasil e então subam para o Caribe e, posteriormente, voltem à Europa. A ideia é arrojada. Se uma rota assim "pegar", pode significar uma mudança radical nas viagens de volta ao mundo. Mas a indústria brasileira precisa responder. Em qualidade e em preço também.
Sílvio Ramos, brasileiro que está dando a volta ao mundo, é CEO no Brasil de uma empresa internacional (sim, ele trabalha no barco) e é também um inconformado com a modesta sedução que o Brasil excerce sobre os cruzeiristas internacionais (sem contar os argentinos, que nos amam). Ele reuniu um grupo de estrangeiros animados a vir para cá, e começou uma campanha.
Quem quiser colaborar, pode ir direto à página do veleiro de Sílvio, o Matajusi, no Facebook: http://www.facebook.com/MATAJUSI