Empresa brasileira que "socorreu" veleiro Telefónica avança na construção naval de alta tecnologia
Fonte: Blog sobre as águas
Quando o barco espanhol Telefónica, líder da Regata Volta ao Mundo, começou a quebrar em pleno Oceano Pacífico há dois meses, o diretor técnico do projeto espanhol, Horácio Carabelli, teve de desenhar rapidamente um plano de socorro. Carabelli, que nasceu no Uruguai e mora em Florianópolis há mais de 20 anos, sabia que o barco tinha uma delaminação séria na proa, numa área de mais de três metros de comprimento. Uma parada emergencial e um reparo urgente seriam necessários. Havia tempo para acionar outras empresas pelo mundo, mas Carabelli buscou consultoria de uma empresa brasileira, a Barracuda Advanced Technologies.
A Barracuda atua no Brasil como fornecedora de materiais e tecnologias para a maioria dos grandes estaleiros nacionais de lazer e também para a produção de pás gigantes para geração de energia eólica. Ela é também uma das pioneiras no método de infusão, que permite economia de material e peso final da embarcação (e, no mar, menos peso no casco se traduz em maior performance). Recebi hoje um comunicado que a mesma Barracuda dá mais um passo em relação à construção naval de alta tecnologia, assinando uma licença vitalícia com a holandesa Polyworx.
A Polyworx desenvolveu um software (RTM-worx) que tem o objetivo de representar virtualmente o cálculo do fluxo por tempo da resina na área determinada. "Sua precisão é tamanha que elimina a necessidade de fazer testes práticos no próprio molde, pois ele simula a infusão no computador. Isso reduz custos de mão-de-obra e material, além de otimizar o tempo".
Inovação brasileira é sempre notícia boa, e eu gosto de divulgar. Mas eu sinto falta de mais disso por aqui.