Scheidt e Prada vencem regata e sobem de posição no Skandia Sail for Gold
Brasileiros estão em segundo lugar no geral na Star. Dia foi marcado por vento forte e frio em Weymouth, local das regatas olímpicas
Por ZDL Comunicação
São Paulo - Robert Scheidt e Bruno Prada conseguiram os melhores resultados entre os velejadores brasileiros no segundo dia de regatas do Skandia Sail for Gold, que está sendo disputado na raia olímpica de Weymouth, na Inglaterra. Nesta terça-feira (5), os medalhistas olímpicos da classe Star passaram oito horas na água para completar as três regatas do dia, terminando em segundo lugar na classificação geral. Os tricampeões mundiais da categoria venceram a primeira regata e terminaram as demais em sexto e terceiro, respectivamente.
O resultado poderia ter sido melhor, como explica Bruno Prada. "Tivemos um desempenho regular, mas fomos penalizados quando estávamos na segunda colocação e isso atrapalhou bastante o resultado desta regata", diz Bruno Prada.
A penalização é dada quando o velejador bombeia a vela mestra (a maior do barco) mais de uma vez em uma mesma onda, quando o permitido é apenas uma vez por onda. A penalidade consiste em dar uma volta em torno do próprio eixo (360 graus).
O dia foi marcado pelo vento forte, variando de 12 a 15 nós, ao contrário do anterior. E Patrícia Freitas se deu bem na RS:X fazendo uma boa média. A velejadora de prancha à vela continua entre as top 10 com um sexto e um terceiro lugares. No geral, a brasileira ocupa a quarta colocação.
Adriana Kostiw subiu sete posições e, com um 15º e um 14º também na flotilha azul, ocupa a 23ª colocação geral na Laser Radial. "O dia estava mais difícil, com muita chuva, muito frio (12 graus) e muita corrente. O vento um pouco mais forte do que ontem me ajudou a subir um pouco na tabela. Estou fazendo a lição de casa e quero conquistar aqui o meu melhor resultado", explica Adriana.
Entre os homens, Ricardo Wnick, o Bimba, também teve um bom dia, conquistando um quarto e um décimo lugares. Com isso o velejador subiu da 26ª para a 15ª colocação. Na Finn, Jorginho Zarif, que está testando o novo barco custeado pelo COB, não teve um dia bom e caiu da nona para a 14ª colocação. O paulista fez 26º, 23º e 9º lugares. O líder da classe é o inglês Ben Ainslie, atual campeão mundial e olímpico.
Na 470 feminina, as gaúchas Fernanda Oliveira e Ana Barbachan, que haviam sido desclassificadas da primeira regata da série na segunda-feira (4), mantiveram a 18ª colocação, conquistando um nono e um 24º lugares nas regatas nesta terça. O catarinense Bruno Fontes, que disputou as regatas na flotilha azul, teve dois resultados ruins e um 10º lugar na Laser Standard, caindo para a 39ª colocação.
A competição segue até o próximo dia 9, quando ocorre a medal race. Até lá, a previsão é que todas as classes disputem ainda mais seis regatas.
A vela nas Olimpíadas - Como é comum nas Olimpíadas, a competição de vela não será na cidade-sede dos Jogos de Londres. As regatas estão marcadas para a cidade de Weymouth, na costa sul da Inglaterra. O local é a sede da Academia Nacional de Vela, o principal centro da modalidade no País.
A disputa começa no dia 29 de julho e termina apenas no dia 11 de agosto, com a final do Match Race feminino. As medal races para as demais classes serão realizadas entre os dias 5 e 9 de agosto.
A Confederação Brasileira de Vela e Motor tem o patrocínio do Bradesco por meio da Lei de Incentivo ao Esporte do Governo Federal, e apoio do Comitê Olímpico Brasileiro (COB) e Travel Ace.