ARTIGO: 2013 tem tudo pra ser o pior ano da Vela de Oceano no Brasil, por Antônio Alonso
Fonte: Sobre as Águas, por Antônio Alonso
Neste fim de semana tem Copa Suzuki Jimny. Eu talvez esteja lá. Vai ser a despedida do Botin & Carkeek 46 Touché Super (ou Tomgape, para quem respeita modismos), veleiro da última grande equipe da ORC nacional. Não, não estou menosprezando gente como o Orson, do Kalu, e o animado Tembó Guaçu, dos campineiros, muito menos o Chroma, irmão-gêmeo do Touché, que teve a sorte de cair na mão de uma turma empreendedora comandada por Gustavo Crescenzo. O Touché era a última equipe "profissional" (pros padrões brasileiros de profissionalismo) da ORC. Acabou. Vai pra Itália.
Depois que Souza Ramos apareceu com o S40 e atraiu a nata da Vela para os monotipos, a ORC já mostrou rachaduras enormes em sua estrutura. Ficou difícil defender o complicado sistema de medição enquanto os S40 velejavam mais rápidos, mais belos e atraíam quase toda a (pequena) atenção de imprensa e patrocinadores. Agora Souza Ramos pulou fora e ninguém bateu no peito para dizer que a classe continua, que o circuito continua, que a vida continua em 2013. Parece que ninguém vai fazê-lo.
Sem a S40, sem os figurões da ORC, a responsabilidade ficou com C30 e HPE25. A HPE vai muito bem, obrigado. Já a C30, é promissora. Mas não é sensato dizer muito mais do que isso. Com o cenário atual, 2013 tem tudo para ser o pior ano da Vela de Oceano brasileira.