Depois da Volta ao Mundo, Itajaí vai receber outra regata internacional

Por Antonio Alonso Jr., do Blog das Águas

Organizadores da Jacques Vabre estiveram este fim de semana em Itajaí para acertar os detalhes para fazer da cidade catarinense a chegada da regata transatlântica, que larga da França no dia 3 de novembro deste ano. Como aconteceu quando foi escolhida para receber a Volvo Ocean Race, o anúncio de Itajaí foi recebido com ceticismo na França. Jacques Vabre é uma regata patrocinada pela indústria do café, e tradicionalmente sempre preferiu rotas que remontassem às rotas antigas dos cargueiros de café até a França. Mas Salvador foi descartada por falta de interesse do governo brasileiro.

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A solução foi levar a regata para a América Central, mas os velejadores não aprovaram Costa Rica. Acharam o povo pouco hospitaleiro (muito diferente do que acontecia em Salvador) e também acharam complicada a logística de levar os barcos de volta para a Europa, já que não há portos grandes perto de Puerto Limón. A cidade portuária de Itajaí resolve esse problema, mas a verdade é que pesou muito a repercussão que a Volvo teve na cidade durante a escala brasileira, no ano passado. Os organizadores da Regata Volta ao Mundo já haviam percebido que a parada em cidades pequenas gera muito mais interesse local do que em grandes centros. Itajaí, pobre em atrações de porte internacional, parou para receber a regata.
A Jacques Vabre tem três classes participantes: Multicascos de 50 pés, Open 60 e Classe 40 (os dois últimos, monocascos). A escolha de um porto no sul do Brasil torna a regata mais longa e mais desgastante, especialmente para os amadores que se aventuram na classe 40. Esportivamente, tem tudo para ser uma das melhores Jacques Vabre já vistas. Como já é tradição, nenhum brasileiro deve particip
ar.