Modo de pilotar pode afetar motor do barco
Fonte: Revista Náutica
A motorização é a parte mais diretamente afetada pelo jeito de pilotar. Por isso, a primeira providência, antes mesmo de sair com o barco, é deixar o motor funcionando por cerca de cinco minutos. Isso fará o óleo lubrificante aquecer até a temperatura correta de funcionamento. Na volta, faça o mesmo: pare o barco e deixe o motor funcionando por outros cinco minutos, em marcha lenta, antes de desligá-lo. Assim, todo o sistema voltará à temperatura normal de uso, preservando as propriedades lubrificantes do óleo.
Outro cuidado muito importante é com o regime de uso: evite altos e baixos frequentes na aceleração ou longos cruzeiros feitos em alta rotação, porque isso pode causar desgaste prematuro das peças do motor, além de aumentar barbaramente o consumo. Mesmo nos motores mais modernos deve ser evitado, porque, por conta do maior número de componentes eletrônicos, eles são, também, mais sensíveis.
Mas poupar um motor não significa usar o barco o tempo todo em baixa velocidade. Lanchas, por exemplo, foram feitas para planar. Quando isso não acontece (ou seja, quando a velocidade fica abaixo do necessário para o planeio), o casco se arrasta – literalmente – na água, forçando demais o motor, apesar da baixa rotação. O correto é fazer o casco “descolar” da água de maneira gradual, mas o mais rápido possível.
Para atingir o planeio com mais facilidade, alguns barcos – especialmente os menores – necessitam de flapes. Use-os. Eles permitem chegas às velocidades de planeio e cruzeiro mais rapidamente. Já o trim só deve ser acionado depois que o casco “desgrudar” da água. Do contrário, fará com que a popa navegue muito enfiada, dificultando o planeio e gerando esforço – desnecessário no motor. Que, afinal, é mesmo o componente que mais sofre com o jeito com que se pilota um barco.