Festa na ilha Chico Manoel: Comemorando os 50 anos de um grande feito
Festa na ilha Chico Manoel:
Comemorando os 50 anos de um grande feito
26 Jul 2016
Há 50 anos, Mario Hofmeister, ex-comodoro do Veleiros do Sul, de Porto Alegre, conquistou a ilha Francisco Manoel para o clube. É uma pérola encravada no Rio Guaíba, palco de muitas confraternizações, como a que ocorreu neste final de semana. Lá estiveram mais de 200 pessoas e em torno de 40 embarcações, na maioria veleiros, comemorando o grande feito do pai do Comandante Eduardo Hofmeister, o Ferrugem, que com o Comodoro Eduardo Ribas e o prefeito da ilha, Luiz Morandi, hasteou a bandeira do clube no novo mastro cedido pelo Comandante Niels Rump.
O Veleiros é tido por alguns como um clube elitista, "de gente abastada com seus iates". Na verdade, a maioria gasta com seus barcos menos do que gastaria para comprar e manter uma chácara na periferia de cidade do interior do estado. É gente muito disposta, que despertou às 7 da manhã do sábado, 23, para desatracar do Veleiros às 9, à temperatura de 8,4ºC e com cerração fechada, que só deu lugar ao sol perto das 11 horas. A navegação de 25 km, do Veleiros até a Chico, foi por instrumento porque não se via nada no rio a mais do que uns 100 metros (veja foto dos molhes do clube mais abaixo). De vez em quando os navios de carga soavam seus apitos na navegação às cegas pelo canal de navegação.
A programação na Chico, como a ilha é conhecida, incluiu a tradicional lentilhada que vem sendo lá oferecida pelo clube há meio século. Enquanto a descomunal panela fervia, os Comandantes Andreas Bernauer, Henrique Ilha e Plinio Fasolo tocavam para alegrar o ambiente cercado de flora nativa. A manutenção das instalações estava impecável, como também estava a organização do evento, que contou com uma dúzia de funcionários do Veleiros. O visual daqueles barcos todos atracados, e o vai e vem dos tripulantes nos trapiches, mostrava bem o clima de festa.
A confraternização reuniu idosos, jovens e crianças, famílias e amigos. É gente simples, que comeu ao sol, sentada no chão com os pratos no colo, e que cantou músicas gaudérias no galpão crioulo da ilha até além da meia-noite, com o embalo do violão do Comandante João Fossa, depois do dia inteiro na função.
O comodoro Eduardo Ribas inovou, oferecendo ônibus até a marina do Comandante Jorge Lessa para os associados que não puderam embarcar. De lá, o clube fez o transporte com baleeiras até a ilha. A idéia deu tão certo, que o desembarque na ilha lembrou as cenas que costumamos ver na mídia dos refugiados sírios na Europa.
Valeu Ribas! Valeu Morandi!
Valeu Mário!
Na foto, o transporte dos “sem barco” providenciada pela comodoria do clube. Na segunda, inauguracao do mastro na ilha. Na terceira, o vice comodoro Eduardo Hofmeister com a placa em comemoração aos 50 anos da ilha.